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quinta-feira, 18 abril, 2024

71% dos consumidores se sentem desconfortáveis em visitar locais públicos

Segundo pesquisa realizada pela Accenture, a maioria das pessoas consultadas se sentem desconfortáveis para frequentar bares, eventos esportivos e shows pelos próximos dois meses

As mudanças de comportamento e hábitos dos consumidores brasileiros por conta da pandemia do Covid-19 terão impactos até mesmo após o término da crise. Pesquisa divulgada pela empresa de consultoria Accenture mostra que 71% dos entrevistados se sentem desconfortáveis para frequentar bares, eventos esportivos e shows pelos próximos dois meses.

Segundo o material, desenvolvido a partir de entrevistas com brasileiros de 20 a 25 de maio, o nível de conforto em visitar locais públicos nos próximos meses permanece baixo. Apenas 13% dos entrevistados se sentem despreocupados para frequentar bares, eventos esportivos ou shows. Esse número também é pequeno para a ida a Shoppings Centers e varejistas não essenciais, 22%.

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O diretor de Vendas e Serviços da empresa, Carlos Fan, afirma que não estamos voltando ao normal. “É muito importante que as empresas se planejem e estejam preparadas para servir um consumidor que seguirá em casa no médio prazo. A prioridade deve estar em ações que tenham maior impacto na confiança e que demonstrem segurança”, disse.

Novos hábitos

A pandemia também está acelerando a mudança de hábitos das pessoas rumo a um comportamento baseado em valores e à formação de novas economias. “O levantamento mostra que 87% dos entrevistados dizem estar limitando o desperdício de alimentos, e 64% estão fazendo compras mais ecológicas, sustentáveis ou éticas”, revela o líder da área de pesquisas da empesa, Eduardo Plastino.

comércio
A maioria das pessoas têm buscado sair apenas para ir a locais essenciais. – Foto: Adenir Britto / CMSJC

Muitas pessoas buscam frequentar locais públicos somente quando necessário, seguindo a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS). O professor Vinicius Vivaldi, por exemplo, afirma que se sente extremamente desconfortável quando precisa sair. “Só frequento locais públicos em casos de extrema necessidade. O capixaba, assim como o brasileiro, em geral, se mostra muito negligente com a possibilidade do contágio.”, diz.

A administradora Gisela Bodart destacou que sempre higieniza os alimentos e produtos ao chegar em casa. “Passo álcool líquido em algumas embalagens, e outras lavo com água e sabão. Mas todas são limpas para não haver risco de contágio”, disse.

Sentar em barzinho, não mais!

O período do isolamento social tem causado tristeza e ansiedade nas pessoas. O engenheiro Marlos Reis observa que, por conta da pandemia, não está frequentando bares e restaurantes. Por isso, buscou outra alternativa.

“Estou comprando a cerveja em supermercados ou peço por aplicativo de entrega justamente para evitar aglomeração. Não tenho bebido a mesma quantidade de antes, mas não deixo de tomá-la para relaxar depois de um dia cansativo de trabalho”, conta ele.

Já o analista de sistemas William de Souza também tem usado os aplicativos de entrega. Segundo ele, é mais rápido e seguro. “Pedimos muita pizza e o contato que temos é apenas com o entregador. Geralmente, eles já tinham um protocolo pra trabalhar com comida. Agora ele está mais rígido. Vamos torcer q eles estejam levando a risca
“, pontua.

Cuide da mente!

O psicólogo da Unimed Sul Capixaba Breno Scherrer destaca que a pandemia do novo coronavírus está afetando a saúde emocional, a vida profissional, o convívio familiar e as relações sociais. Como consequências, podem surgir ansiedade elevada, esgotamento emocional, estresse e, até mesmo, em alguns casos, depressão.

“A ansiedade é algo natural do ser humano, funcionando como um mecanismo de defesa a possíveis ameaças futuras. É um comportamento que possibilita que a pessoa reaja de forma a alterar o presente. O problema é quando a ansiedade se torna patológica, impedindo seguir a rotina e comprometendo as atividades diárias por medo do futuro”, explica Breno Scherrer.

Segundo ele, para reduzir os efeitos psicológicos negativos do distanciamento físico, vale também reservar um tempo para ler ou reler um livro, se dedicar a um hobbie ou se desafiar aprendendo a cozinhar, como tem sido muito mostrado nas famílias. Já para garantir o sono reparador, é importante estabelecer horários para dormir e acordar. Além disso, deve-se evitar cochilos vespertinos longos e cuidar para que, à noite, o quarto tenha pouca iluminação e seja aconchegante.

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