Efeitos da seca prolongada e ciclo de bienalidade negativa do arábica impediram crescimento da safra.
O Espírito Santo deve registrar uma produção de 8,8 milhões de sacas de café em 2017. Esta é a estimativa divulgada nesta quinta-feira (21) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estudo aponta uma queda de 1,5% na produção capixaba devido às condições climáticas e a falta de mudas para plantio no Estado.
Apesar de a produção de conilon ficar acima do registrado em 2016, a colheita do arábica foi menor por causa do ciclo de bienalidade negativa. O Espírito Santo produz agora 5,9 milhões de sacas de conilon e 2,9 milhões do arábica. Porém, a expectativa chegou a ser de uma produção de quase 8 milhões para o conilon capixaba.
No ano passado, o Estado produziu 5,3 milhões de sacas de conilon e quase 4 milhões de sacas da outra variedade. Os municípios produtores ainda sofreram com os efeitos e consequências da estiagem que impactou consideravelmente o desempenho da safra anterior.
Brasil deve produzir 44,77 milhões de sacas
Com 95% da safra colhida, a produção brasileira de café pode chegar a 44,77 milhões de sacas de 60 kg. O grão é cultivado em uma área total de 2,21 milhões de hectares em várias regiões do país.
O levantamento é o terceiro do total de quatro etapas. Embora a expectativa seja melhor que a do ano passado, a safra ficará 1,7% abaixo do esperado. O clima e as pragas “broca” e “bicho de Minas” cooperaram para o resultado.
Os grãos arábica e o conilon são os mais produzidos no Brasil. A expectativa é que a produção do arábica atinja o número de 34,7 milhões de sacas. Isso corresponde a 83% da safra. Já para o conilon, a previsão de colheita é de 10,71 milhões de sacas.
Outros estados
Devido à bienalidade negativa, a produção em Minas Gerais deverá ser 20,7% menor do que a safra de 2016. O estado, que é o maior produtor brasileiro de café, deverá colher 24,04 milhões de sacas do grão arábica e 334,1 mil sacas de conilon, totalizando 24,38 milhões de sacas.
Já em São Paulo, o alto índice de podas e também a bienalidade negativa foram os principais responsáveis pela queda da produção de café. No entanto, a expectativa é que 4,37 milhões de sacas sejam colhidas. Na Bahia, a estimativa é de uma safra de 3,36 milhões de sacas. Em Rondônia, espera-se colher 1,94 milhão de sacas.
O Brasil é o maior produtor de café no mundo e exporta o grão para mais de 100 países.