Já está claro para o mercado que cada empresa ou área pode demandar um formato diferente. Não se adaptar a essa tendência pode acarretar a perda de talentos
Por Fabíola Costa
Nunca o mundo corporativo mudou tanto quanto nos últimos anos: novos modelos de trabalho, diferentes gerações atuando juntas, novas profissões, declínio de outras, inteligência artificial, benefícios flexíveis…As mudanças não param, mas com a chegada do fim do ano, surge a pergunta que não quer calar: como será o mercado de trabalho em 2025?
Saber para onde caminha o mercado não é arriscar palpites, nem tampouco criar notícias de época. A consultoria Gartner entrevistou 1,4 mil líderes de RH, em 60 países, sobre tendências de RH, prioridades e desafios. O relatório colocou o desenvolvimento de gestores e líderes em 1º lugar. Em seguida estão a cultura organizacional, o planejamento estratégico da força de trabalho, a gestão de mudanças e a tecnologia.
Se você é líder ou pretende ser, saiba que é crucial investir em autocuidado e no seu desenvolvimento; pois os desafios vão muito além desse relatório ou do presente artigo. Nosso objetivo, no entanto, é lançar luz sobre pontos especialmente relevantes.
Nesse contexto, um item merece atenção: faça um bom planejamento da sua área, que envolva um olhar para processos, pessoas e negócios; e que esteja vinculado ao planejamento estratégico da organização. Afinal, sem organização não será possível cumprir rotinas, desenvolver pessoas e atuar em inovações e melhoria dos negócios.
Outro ponto importante é entender efetivamente a cultura da empresa. Por vezes, os líderes fazem ações de desenvolvimento, feedback e plano de desenvolvimento individual dissociados da cultura. Se não fizerem sentido para os profissionais, essas ações não impactam positivamente nos comportamentos e na produtividade.


Aprender a gerir pessoas nos modelos presencial, híbrido ou home office também é essencial. Já está claro para o mercado, que cada empresa ou área pode demandar um formato diferente. Não se adaptar a essa tendência pode acarretar a perda de talentos: ou porque o modelo não faz sentido para os profissionais ou porque o formato é o desejado, mas a liderança não sabe fazer essa gestão.
Em 2025, lidar com a diversidade geracional deve ficar ainda mais evidente. Com o envelhecimento da população, vivemos um momento em que quatro ou mais gerações fazem parte de uma equipe. Um time tão diverso traz muito potencial e desafios: é preciso aproveitar o melhor de cada geração, estimulando o trabalho em equipe e o engajamento para que os profissionais possam alcançar os resultados juntos.
Esses esforços, no entanto, podem ser em vão se a liderança não participar da seleção da sua equipe. Afinal, ao contratar pessoas com o perfil correto, contribuímos para o engajamento, reduzimos o turnover e melhoramos a produtividade. Além disso, conhecer o líder na seleção auxilia a decisão de fazer parte da empresa.
Por fim, aproveite as ferramentas de gestão para facilitar a sua vida! Faça a gestão da sua rotina de forma inteligente. Utilize a tecnologia a seu favor aproveite o que houver disponível para usar e buscar dados e informações que sustentem a sua área e a sua equipe, de forma rápida. Não dá para contar que você terá “tudo na cabeça”.
Fabíola Costa é diretora da ABRH-ES e facilitadora de Conhecimento e Desenvolvimento de Pessoas