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quarta-feira, 23 DE abril DE 2025

Comissão aponta como melhorar aeródromos do Espírito Santo

Nove aeródromos do Estado estão incluídos no Plano Aeroviário Nacional (PAN), que estuda demandas para o transporte aéreo, caso haja a oferta do serviço

Por Kikina Sessa

Com a função de monitorar o desenvolvimento, a implantação e a operação de projetos voltados para infraestrutura logística e de energia no Espírito Santo, o Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) da Federação das Indústrias (Findes) elaborou um estudo em que aponta medidas para melhorar os aeródromos do Estado. 

Localizados em Cachoeiro de Itapemirim, Guarapari, Linhares, Baixo Guandu, Colatina, Ponto Belo, Nova Venécia, São Mateus e Vitória (aeroporto), os nove aeródromos estão incluídos no Plano Aeroviário Nacional (PAN) e, principalmente os de pequeno porte, necessitam de subsídios aos custos operacionais. Dos nove, apenas Linhares e Vitória operam voos comerciais. Os demais, atendem a aeronaves particulares e emergências, principalmente da área de saúde. 

Por ser um estado exportador, com uma indústria forte também fora da Grande Vitória, o Espírito Santo precisa ter alternativas de transporte aéreo, até mesmo para melhorar sua competitividade, comenta Romeu Rodrigues, consultor em logística e energia e especialista do Coinfra. 

O estudo do Coinfra, elaborado pela primeira vez, explica que o PAN tem no Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac) uma fonte de recursos para o desenvolvimento do sistema nacional de aviação civil. Este ano, o Fnac teve dotação de R$ 164.373.762 na rubrica Reforma e Reaparelhamento de Aeroportos e Aeródromos de Interesse Regional, de Propriedade da União. Foram contemplados cinco aeroportos da Região Norte, cinco do Nordeste, quatro do Sudeste, quatro do Sul e três do Centro-Oeste. Entre os do Sudeste constam os aeroportos de Divinópolis/MG, Governador Valadares/MG, Ipatinga/MG e Guarujá/SP. Nenhum do Espírito Santo. 

Uma das propostas do Coinfra é justamente sensibilizar a bancada federal para atuar junto à Secretaria de Aviação Civil (SAC) da Presidência da República.

Para melhorar o funcionamento desses aeródromos, o conselho temático da Findes propõe a revisão imediata do Plano Aeroviário do Espírito Santo (Paes) pelo governo do Estado com apoio do Comando da Aeronáutica.

A revisão é necessária para adequar os projetos aos padrões exigidos pelo Manual de Projetos Aeroportuários da Secretaria Nacional de Aviação Civil, tornando-os elegíveis à utilização de recursos do Fnac. 

Dados sobre alguns dos 9 aeródromos do ES

O Aeroporto Internacional de Vitória – Eurico de Aguiar Salles, código ICAO SBVT, é o principal do Espírito Santo e opera voos nacionais e internacionais de passageiros e de carga. Tem capacidade para receber aviões de porte dos Airbus A330 e Boeing 767. Recebe, ainda, jatos executivos e helicópteros e conta com voos diretos para vários destinos nacionais. O aeroporto tem capacidade de receber 8,4 milhões de passageiros por ano no terminal com área construída de 29,5 mil m². Possui duas pistas com 2.058 m e 1.750 m de comprimento e pátio de aeronaves com 58,1 mil metros quadrados. Administrado pela Zurich Airport Brasil desde janeiro de 2020, ocupa posição de destaque no ranking dos melhores aeroportos do país e tem ousado plano de expansão de negócios.

O Aeroporto de Linhares iniciou operações com voos regulares para Belo Horizonte em dezembro de 2023, após reforma patrocinada em conjunto pelos governos federal, estadual e municipal. Sua denominação é Aeroporto Municipal de Linhares, seu código OACI é SNLN e está localizado na latitude 19 21 19,05 S e na longitude 40 04 16,77 W, numa elevação de 42,29 m. Sua pista de 1.860 m x 45 m com cobertura asfáltica tem capacidade para receber jatos comerciais do tipo Boeing 757-200. Tem capacidade para atender à crescente demanda de cargas da efervescente economia da região, que cresce muito acima das medias nacional e estadual. Atualmente é administrado pela Infraero, mas poderá ser concedido à iniciativa privada. 

Para o Aeroporto de Cachoeiro de Itapemirim, o governo do Estado contratou obras de reforma e ampliação, num investimento de R$ 76.525.641,92. As obras incluem ampliação do pátio de aeronaves e do terminal de passageiros destinado à aviação executiva e construção de novo terminal para a aviação comercial. E deverão estar concluídas no primeiro semestre de 2026. O Espírito Santo é um grande importador de aeronaves e essa melhoria pode criar uma base de nacionalização de aviões e helicópteros, além de atender ao turismo, empresários e público em geral da região.

O Aeroporto de Guarapari é dotado de pista asfaltada com 1.190m de comprimento por 30m de largura e tem operação diurna e noturna por aproximação visual. Já teve operação de voos comerciais. Deverá ter reformado o terminal de passageiros e reaparelhado o aeroporto, para atender à grande demanda turística da região. 

Aeroporto de Baixo Guandu tem pista asfaltada com 1.200m de comprimento por 30m de largura e operação diurna por aproximação visual. Deverá ter reformado e ampliado o terminal de passageiros e eliminadas condições insatisfatórias de manutenção e segurança de voo, para atender à região que tem forte ligação com o leste de Minas. 

O Aeródromo de Ecoporanga deve ter ampliados a largura e o comprimento e asfaltada a pista de 960m x 42m com revestimento de terra. E construído terminal de passageiros. O aeródromo é importante para atendimento à economia regional, especialmente aos produtores de rochas ornamentais. 

O Aeródromo de Nova Venécia deve ter ampliada a largura de 10m da pista que tem comprimento de 1.200m em revestimento asfáltico e construído terminal de passageiros para sua homologação. O aeródromo é importante para atendimento à economia regional, especialmente aos produtores de rochas ornamentais e à indústria de seu beneficiamento.

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