As mudanças no processo de importação de combustível no Brasil e a alta do petróleo beneficiaram os Estados que mantinham estoque. O bom desempenho tirou o Espírito Santo do 7º lugar, no ranking nacional, e levou para o 5º lugar com um montante de pouco mais de US$ 1 bilhão.
Mesmo com as exportações brasileiras fechando em queda de 1%, a balança comercial capixaba alcançou um saldo positivo de 18% no primeiro mês de 2013. Os dados foram divulgados pelo Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex), que utiliza como base o levantamento feito pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). O bom desempenho em janeiro fez com que o Espírito Santo passasse do 7º para o 5º lugar no ranking nacional, com um montante de pouco mais de US$ 1 bilhão.
O resultado positivo foi puxado pela venda de combustível, responsável por 24% de toda a exportação capixaba. O montante do segmento foi US$ 248,15 milhões, 691% a mais em relação à exportação de combustível no mês de janeiro de 2012. Já os itens minério de ferro, café e outras especiarias, ferro e aço e celulose, apresentaram queda de 2%, 26%, 36% e 38%, respectivamente. A celulose que em janeiro de 2012 vendeu US$ 97,27 milhões, em 2013 fechou o primeiro mês do ano com US$ 60,52 milhões.
Segundo o presidente do Sindiex, Severiano Imperial, o saldo positivo na balança comercial do Espírito Santo deve-se às exportações de combustíveis. “Com a publicação da Instrução normativa 1.282 da Receita Federal, o processo de brasileiro de importação se tornou mais demorado, beneficiando os Estados que mantinham estoque. A alta no preço dos combustíveis foi decisiva no saldo final das exportações”, explicou Imperial.
Os principais países de destino das exportações capixabas foram China, Estados Unidos, Argentina, Holanda e Japão. Os blocos em destaque foram Ásia, União Europeia, Estados Unidos, Oriente Médio e o Mercado Comum do Sul (Mercosul).
As importações capixabas, por outro lado, sofreram queda de 25% em relação a janeiro de 2012, enquanto a balança comercial brasileira teve saldo positivo de 15% no mesmo período. O montante capixaba foi de US$ 608,64 milhões em relação US$ 814,67 milhões em 2012. O segmento de automóveis, responsável por 15% de toda a importação capixaba teve um recuo de 50%. Os itens que também impactaram negativamente as importações capixabas foram máquinas e equipamentos (14%), combustíveis (42%), tecidos e vestuários (28%).
No ranking das importações, o Espírito Santo caiu do 7º para o 10º lugar, ficando atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Maranhão, Santa Catarina, Amazonas, Minas Gerais, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Os principais países de origem das importações foram: China, Estados Unidos, Coréia do Sul, Alemanha e México. E o blocos de origem foram: Ásia (inclusive Oriente Médio), União Europeia, Estados Unidos (inclusive Porto Rico), Aladi (inclusive Mercosul) e Mercado Comum do Sul (Mercosul).