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quinta-feira, 25 abril, 2024

Classes A e B não acreditam na perda dos royalties do ES

Classes A e B não acreditam na perda dos royalties do ES

Além do Fundap, o Espírito Santo corre o risco de perder uma receita estimada em cerca de R$ 500 milhões anuais referente aos royalties do petróleo

A Comissão de Justiça do Senado rejeitou nesta quarta-feira (11) o pedido de inconstitucionalidade da proposta que pretende unificar a alíquota de ICMS entre todos os estados brasileiros, causando o fim do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap) e trazendo grandes prejuízos ao Espírito Santo.  Caso a proposta seja aprovada pelo Senado e sancionada pela presidente Dilma Rousseff, o Espírito Santo perderá uma de suas principais fontes de recursos, que representou pelo menos 54% do montante arrecadado pelo Governo do Estado em 2010. Além dessa ameaça, o Espírito Santo ainda corre o risco de perder receita estimada em cerca de R$ 500 milhões anualmente, oriundos dos royalties do petróleo. 

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Enquanto o Estado está na mira do ataque federal, as classes A e B parecem estar não acreditar na realidade dessas ameaças. Essa constatação preocupante foi feita pela Pesquisa Top Marcas 2012, realizada pela Merccato para a revista ES Brasil entre os dias 22 e 28 de fevereiro, que mostrou que 45,44% dos capixabas no topo da pirâmide socioeconômica acreditam que o Espírito Santo vai ganhar a luta pela manutenção dos royalties; e que 46,17% deles defendem que o Estado tem chances reais de manter o Fundap – chances que parecem mínimas, como têm mostrado os últimos acontecimentos.

Para o economista Arlindo Vilaschi, os resultados da pesquisa podem ser influenciados pelas notícias que divulgam a atuação dos parlamentares capixabas nessas questões. “Acredito que essa opinião positiva de que esses assuntos vão se resolver sem grandes perdas para o Espírito Santo é resultado da influência das notícias publicadas nos veículos capixabas, que mostram que o governador e os parlamentares do Espírito Santo estão lutando pelos direitos do Estado. As pessoas acabam ficando empolgadas quando vêem esses políticos lutando, e acreditam que o Estado terá chances reais de vencer essas batalhas, o que não é verdade, pois vivemos uma luta do nosso interesse contra o de todo o restante dos Estados da Federação”, analisa Arlindo.

O sociólogo Erly dos Anjos tem opinião diferente. “Esses dados contradizem o que pensávamos a princípio, que existe um acompanhamento e engajamento das classes mais altas com relação às questões políticas. Eu diria que esse desinteresse se dá por uma falta de participação política mais evidente. Existe uma lacuna entre a sociedade supostamente mais informada e as afinidades políticas. Essas classes sociais têm informação, mas essa informação não mobiliza”, defende o sociólogo.

De acordo com Arlindo Vilaschi, as opiniões das classes de maior poder aquisitivo não afetarão a economia capixaba. “Essas pessoas, independentemente de a qual segmento socioeconômico pertençam, torcem para que o Espírito Santo não saia perdendo em relação aos royalties e ao Fundap. Mesmo que as perdas se concretizem, as classes A e B não vão deixar de fazer investimentos. Trata-se de uma posição mais social e política do que, de fato, econômica”, afirma o economista.

A Pesquisa Top Marcas ouviu 400 pessoas das classes A e B, com renda familiar superior a R$ 5 mil mensais, residentes na Grande Vitória. Além de mostrar o que esses entrevistados pensam sobre os assuntos em destaque no Espírito Santo, a Top Marcas mostra em quais marcas está a confiança desses consumidores, e quais as empresas preferidas por eles na hora de comprar produtos e serviços. A pesquisa completa você confere na edição de maio da Revista ES Brasil e, uma parte dela, abaixo.

 

Classes A e B não acreditam na perda dos royalties do ES

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