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terça-feira, 10 DE setembro DE 2024

Casa conectada, areia sustentável e paredes de EPS em exposição na ES Construção Brasil

Aliando os pilares inovação, tecnologia e sustentabilidade, a feira que acontece no Pavilhão de Carapina apresenta novos materiais para as edificações

Por Kikina Sessa

O conceito de arquitetura modular, que é a construção em módulos, vem conquistando espaço em uma sociedade que busca construir com mais rapidez, mais produtividade e com menos emissão de gás carbônico. Exemplos desse tipo de construção estão em exposição na ES Construção Brasil, evento que vai até esta sexta-feira (19), no Pavilhão de Carapina, com entrada e estacionamento gratuitos. 

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Uma das casas expostas na feira tem sala, cozinha, banheiro e quarto e foi montada com painéis pré-fabricados de Light Wall, que é uma “parede de concreto leve” feita com EPS (plástico rígido). São mais leves que os tradicionais, com a resistência necessária. No imóvel também foi aplicada a estratégia de construção seca – uma vez que não se usa água e nem cimento.

Além do conceito de arquitetura modular, a chamada casa conectada conta com o conceito de construção off site, que é construir fora do canteiro de obras, em uma fábrica, depois transportar a casa pronta, e instalar o imóvel no local desejado. Com isso, é possível ter uma casa montada em 12 dias.

Outra novidade presente na casa é a utilização de vidro polarizado, que tem uma malha elétrica por dentro e, dependendo da intensidade da claridade, as moléculas dele se organizam e o vidro fica fosco, mas também pode ficar transparente, de acordo com a necessidade do morador. Esse controle pode ser feito por um interruptor, conectado à luz da casa ou controle remoto.

A casa utiliza tecnologia para automatizar todos os ambientes. Com isso, é possível ter o controle de cortinas, de áudio e vídeo da TV, da iluminação, do ar-condicionado, entre outros, por meio de um painel digital. É possível tocá-lo para dar os comandos ou mesmo solicitar algo por meio da voz, tudo através da internet.

A casa permite que outras tecnologias sejam embarcadas como geração de energia fotovoltaica e tratamento de água.

Casa conectada, areia sustentável e paredes de EPS em exposição na ES Construção Brasil
Construção monolev, feita com EPS – Foto: Kikina Sessa

Também seguindo o caminho da construção com novos materiais, a empresa Isocil apresenta na feira uma parede feita com EPS, que pode reduzir o custo da construção em até 30%. Chamado de sistema de construção monolev, o produto tem boa capacidade térmica e acústica. 

Areia sustentável

Já no estande da empresa EcoTech Areia, é possível conhecer uma areia sustentável, coproduto da mineração. “É uma areia certificada, que segue todos os parâmetros técnicos para utilização nas mais diversas áreas, indo, inclusive, além, quando se pensa na qualidade e na relação custo-benefício. O produto pode ser usado da construção civil ao saneamento, gerando blocos de concreto, argamassa, colchão para pavimento, só para citar alguns exemplos”, explica Adauto Caldara, diretor da EcoTech Areia.

Segundo ele, antes de chegar ao mercado, o produto passou por testes de diversas universidades e associações do setor e já é certificado por instituições nacionais e internacionais, como IPT, ABCP, Instituto Falcão Bauer, Universidade de Queensland, Universidade de Genebra e USP. No Espírito Santo, pesquisa coordenada pelos professores do Departamento de Engenharia Civil da Ufes, Ronaldo Pilar, doutor pela Universidade do Texas, em Austin, e Patrício Pires, demonstra tecnicamente as qualidades e diferenciais do produto, como sua granulometria e estabilidade.

Os visitantes da ES Construção Brasil podem conferir blocos de concreto produzidos com areia comum e com a areia distribuída pela Ecotech. “Temos um produto que garante, por exemplo, um bloco de concreto menos poroso, mais uniforme, o que é sinônimo de qualidade e estabilidade”, ressalta.

Ele destaca ainda que a indústria da mineração dedicou anos de estudo para desenvolver um coproduto sustentável, de qualidade e economicamente viável.

“Nesse sentido, é necessário também pontuar a importância do setor para a economia do Espírito Santo, do Brasil e do mundo. Gerar areia de qualidade como coproduto é também uma forma de manter volumes de produção, já que a redução traz consigo um impacto social e econômico muito representativo”, afirma.

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