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quinta-feira, 25 abril, 2024

Defeso do caranguejo-uçá reverte quadro de extinção, aponta técnico

Manguezal de Guarapari volta a ter caranguejo depois de 30 anos

Depois de um longo período, os caranguejos-uçá estão de volta ao manguezal localizado numa área conhecida como “Parque Linear”, entre os bairros Kubitschek e Concha D’Ostra, no município de Guarapari. O último registro oficial de visualização da espécie no local foi há cerca de 30 anos.

A informação é do agente de desenvolvimento ambiental e recursos hídricos do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), e também gestor da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Concha D’ostra, Georges Mitrogiannis Costa. O repovoamento do manguezal, afirmou, vem sendo feito por caranguejos-uçá juvenis e isso significa que esses indivíduos estão voltando ao local mesmo após o evento reprodutivo.

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O processo de repovoamento dessa espécie é lento, mas serve como um sinal de resposta da natureza para a recuperação da área. Segundo Mitrogiannis, o Iema, em parceria com a Prefeitura de Guarapari, realizou ações de intervenção para evitar a degradação do manguezal. Entre elas, o aumento da fiscalização tanto das empresas poluidoras da região, quanto do lançamento de esgoto in natura no manguezal. A própria construção do Parque Linear colaborou para frear a degradação.

“Percebemos, até por relatos dos próprios moradores, que há 30 anos não ocorria a andada do caranguejo naquele manguezal e, neste ano, presenciamos uma andada muito grande, principalmente de indivíduos juvenis”, comentou Georges Mitrogiannis.

A andada ocorreu no começo de fevereiro deste ano e os técnicos do Iema ficaram surpreendidos com a rapidez com que o manguezal se regenerou devido às intervenções realizadas.

O último defeso da andada do caranguejo-uçá deste ano será de 7 a 14 de abril. De acordo com a Portaria 034-R de 26 dezembro de 2018, fica proibida a captura, manutenção em cativeiro, transporte, beneficiamento, industrialização, armazenamento e comercialização do caranguejo-uçá, bem como de suas partes isoladas. A proibição visa à preservação e a reprodução da espécie, assim como a recomposição da fauna, evitando o desequilíbrio do ecossistema.

*Da redação com informações da Iema

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