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quinta-feira, 18 abril, 2024

Brasileirão supera 3 milhões em público e alavanca no sócio-torcedor

Em tempos de retorno do público com a vacinação contra a covid-19, os clubes foram atrás de vantagens e promoções para aproximar o torcedor

Principal produto do futebol nacional, a edição deste ano do Campeonato Brasileiro vem se consolidando como sucesso de bilheteria. Somando todos os jogos da competição até a 15ª rodada, o número de torcedores nos estádios superou 3 milhões, com média por jogo que ultrapassa a casa dos 20 mil pagantes. Principal vitrine dos times nacionais, a competição vem se notabilizando por ostentar arenas cheias, média de público crescente e fidelização das torcidas. Fatores como praças esportivas bem equipadas e confortáveis, iniciativa nas redes sociais para mobilizar os seguidores, ação de programas de sócio-torcedor e até inserções comerciais ajudam a promover a competição. Atraente, o Brasileirão fica mais palpável para ser consumido.

No histórico do Campeonato Brasileiro, a edição de 1983 foi a que alcançou a melhor marca de público (22.953 pagantes por duelo). Naquele ano, a partida final aconteceu no Maracanã e terminou com o Flamengo campeão e o Santos, vice. O público daquela partida registrou o recorde do torneio com 155.523 pessoas. Os estádios não comportam mais tanta gente assim, a média é de 45 mil lugares, exceto para estádios como Maracanã e Mineirão, que chegam a 70 mil ou mais torcedores.

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Isso tem muito a ver com o programa de sócio-torcedor, que hibernaram durante a pandemia e agora são retomados com muita sede por parte dos torcedores. A tendência de crescimento continua em relação aos associados, obrigando os organizadores a se reinventar para atrair mais participantes. Os clubes têm no sócio-torcedor uma fonte de receita importante.

O Corinthians não faz um único jogo, seja ele qual for, com quase 37 mil pessoas de média. Ao lado do Flamengo, joga a conta lá para cima. O Palmeiras vem logo atrás com 33.465 fãs por partida. Já no Morumbi, a cada jogo, 28.030 são-paulinos acompanham o desempenho do São Paulo de Rogério Ceni. 

Segundo Armênio Neto, especialista em geração de receitas no esporte, o entorno que envolve o futebol explica o momento atual de casas cheias. “O trabalho exercido pelos clubes para convocar o público é fundamental. Ao analisar os números, também temos de levar em conta o tamanho das praças esportivas. Por um lado, temos quatro times que conseguem levar mais de 30 mil pessoas por confronto. Em contrapartida, temos arenas menores, mas que estão sempre cheias. Observamos iniciativas nas redes sociais para seduzirem os fãs a irem ao estádio, onde também conseguem encontrar produtos licenciados e gerar outras fontes de renda”, diz.

A implantação e o aperfeiçoamento dos programas de sócio-torcedor é o carro-chefe desse processo. Em tempos de retorno do público com a vacinação contra a covid-19, os clubes foram atrás de vantagens e promoções para aproximar o torcedor do seu estádio. E recuperá-lo também. Departamentos inteiros de marketing se desdobram para atrair os torcedores. O clube ganha com a mensalidade. O Avanti, do Palmeiras, por exemplo, oferece até cinco planos, com preços que vão de R$ 17,99 até R$ 259,99.

Com informações Agência Estado

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