Um visual adequado ao ambiente de trabalho abre portas e ajuda a reforçar a imagem do profissional. Confira dicas para deixar uma boa marca onde estiver

Por Thais Brêda (Atualizado por Ivi Rafaella)

Há quem diga que só existe uma chance de causar uma boa primeira impressão. E sim, as roupas que usamos tem esse poder. Por isso, se preocupar com o visual no ambiente de trabalho é tão importante quanto a qualificação profissional. Afinal, você é seu cartão de visita e sua apresentação visual revela o nível e qualidade do seu serviço.

Para não correr o risco de errar, a consultora de moda Fernanda Balla aconselha optar por roupas sociais, alinhadas, de manga, com qualidade, sem estampas, de tons neutros e sapato fechado na hora de escolher o visual para o trabalho. “Essa é a técnica da adequação que nos direciona a selecionar peças específicas para o ambiente proposto. Clareza e percepção são chaves para alcançar um bom resultado”, explica.

Mas, não só as roupas causam esse impacto, como um cuidado com a apresentação pessoal como um todo, inclusive com os cuidados com a higiene pessoal é de extrema importância para demonstrar o nível de organização do profissional. “Hoje, a tolerância é maior por parte das empresas na hora da seleção, há nichos que aceitam piercings, cabelo comprido e tatuagens expostas, por exemplo, mas existem outros que não aceitam. Tudo depende do produto e do público-alvo da empresa. Mas o bom-senso é que vai permear as seleções. Além da vestimenta, há um contexto maior que analisa a postura do profissional, a competência e o caráter”, afirma a consultora na área de Recursos Humanos, psicóloga e mestre em Administração Daniele Guidoni.

Outro detalhe que é preciso levar em consideração é a personalidade, o tipo físico e o local de trabalho para ter uma boa imagem pessoal. “Quanto menos informação visualmente falando, melhor. Lembre-se: a primeira impressão é sim resultado da imagem ideal, mas também de uma boa comunicação e de um comportamento adequado”, afirma Balla.

Mesmo quem usa uniforme não escapa: ele deve estar sempre limpo e bem-passado. Um ponto importante é analisar como as outras pessoas se vestem no serviço e se a empresa exige trajes formais ou permite um visual mais casual. “Em um ambiente de trabalho informal não erramos quando mantemos o equilíbrio de peças formais e informais. É preciso, neste caso, ter cuidado com decotes, transparência, calça legging e jeans rasgado. É preciso ter no look pelo menos uma peça que comunique formalidade para que assim você além de se destacar, valorize a função é cargo ocupado”, explica a consultora de moda

 Além disso, deve-se preferir um visual discreto e sóbrio, a menos que se trabalhe em atividades como publicidade e moda, em que é possível ousar mais e expressar a criatividade também na escolha das roupas e dos acessórios.

Eventos

Confraternizações com os colegas de empresa, eventos e reuniões também exigem atenção para que a boa imagem desenvolvida durante o expediente não seja destruída algumas horas depois. Quando houver indicação do tipo de traje que deve ser usado, no caso de eventos formais, não há nem o que pensar: respeite a recomendação. Nas situações mais informais ou em que não houver uma indicação clara de como se vestir, use o bom-senso e prefira ficar no meio do caminho entre a formalidade e a informalidade.

“Sugiro roupas que reforcem e comuniquem respeito e confiança como jeans, estampas e calçados confortáveis. Perceba que este ainda é o seu ambiente de trabalho, mesmo que disfarçado de descanso. Por isso, é preciso ter muito cuidado com decotes, transparência e camisas com desenhos pejorativos. Lembre-se que este ambiente esconde uma singela e significante avaliação dos seus superiores e amigos. Inevitavelmente sua roupa irá reforçar ou destruir os alguns créditos adquiridos”, esclarece Fernanda.

Esta matéria foi publicada originalmente na edição 95 da revista ES Brasil, de junho de 2013. As pessoas ouvidas e/ou citadas podem não estar mais nas situações, cargos e instituições que ocupavam na época, assim como suas opiniões e os fatos narrados referem-se às circunstâncias e ao contexto de então.