A importância da biodiversidade, do reflorestamento e da recuperação de áreas degradadas são ferramentas essenciais no combate ao aquecimento global
Por Luiz Fernando Schettino
A biodiversidade é a variedade de vida na terra, compreendendo diferentes ecossistemas, espécies e genes. Ela é fundamental para o equilíbrio dos ecossistemas e para o bem-estar humano. A degradação ambiental, principalmente pelo desmatamento e pelas atividades de mineração e agropecuária feitas ao “arrepio da lei”, tem colocado a biodiversidade em risco. Lembrando que o Brasil abriga uma das maiores biodiversidades do mundo, e que a proteção e restauração desses ecossistemas são essenciais.
Por essa razão, a manutenção da biodiversidade é fundamental para o funcionamento dos ecossistemas e, consequentemente, para a sobrevivência humana. No Brasil, país que abriga a maior parte da floresta amazônica e outras riquezas naturais, a conservação da biodiversidade é essencial para combater o aquecimento global e promover o desenvolvimento sustentável.
O reflorestamento e a recuperação de áreas degradadas são estratégias cruciais para a proteção da biodiversidade. No Espírito Santo, iniciativas de reflorestamento visam restaurar a Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos em biodiversidade e também um dos mais ameaçados. A recuperação dessas áreas não apenas ajuda a preservar espécies vegetais e animais, mas também melhora a qualidade do solo e dos recursos hídricos.
A importância do reflorestamento e da recuperação de áreas degradadas vai além da proteção ambiental. Essas práticas são ferramentas essenciais no combate ao aquecimento global. As florestas atuam como grandes sumidouros de carbono, absorvendo CO₂ da atmosfera e ajudando a reduzir os impactos das mudanças climáticas. A restauração de áreas desmatadas e degradadas pode, portanto, contribuir significativamente para a mitigação aquecimento global.
Além dos benefícios ambientais, o reflorestamento e a recuperação de áreas degradadas têm um grande potencial para gerar empregos e renda no Brasil e no Espírito Santo. Projetos de restauração florestal requerem mão de obra em diversas etapas, desde o plantio de mudas até o manejo e monitoramento das áreas restauradas. Essas atividades podem criar oportunidades de emprego em comunidades locais, especialmente em áreas rurais, onde o acesso a fontes de renda sejam mais limitadas.


No Espírito Santo, programas de incentivo ao reflorestamento têm potencial para revitalizar a economia de muitas localidades, promovendo o desenvolvimento sustentável. Ao investir na recuperação de áreas degradadas, o estado não só protege seus recursos naturais – biodiversidade, solos e água, principalmente, mas também cria um ciclo virtuoso de geração de empregos, aumento da renda e melhoria da qualidade de vida de muitas comunidades.
A restauração florestal também pode fortalecer a agricultura sustentável, uma vez que as florestas recuperadas ajudam a manter o equilíbrio ecológico reduzindo o uso de agrotóxicos, a fertilidade do solo e a regular os ciclos de água, beneficiando as atividades agropecuárias. Além disso, a valorização dos serviços ecossistêmicos fornecidos pelas florestas, como a polinização e a regulação climática, pode abrir novas oportunidades econômicas, como o ecoturismo/agroturismo e a comercialização de produtos não madeireiros.
Em suma, a biodiversidade, o reflorestamento e a recuperação de áreas degradadas são pilares fundamentais para enfrentar os desafios do aquecimento global. No Brasil e no Espírito Santo, essas práticas não apenas promovem a conservação ambiental, mas também impulsionam a geração de empregos e renda, contribuindo para um futuro mais sustentável e próspero.
Luiz Fernando Schettino é Engenheiro Florestal, Mestre e Doutor em Ciência Florestal, Advogado, Escritor e exSecretário Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos