Dados foram publicados pelo Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex)
A balança comercial do Espírito Santo fechou no período de janeiro a novembro deste ano com um saldo positivo de US$ 2,85 bilhões. As exportações realizadas nesse período somaram um montante da ordem de US$ 10,87 bilhões contra US$ 8,02 bilhões em importações.
Os dados foram divulgados pelo Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex), que utiliza como base os números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ligada ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic).
De janeiro a novembro deste ano, o Estado exportou um valor de US$ 10,87 bilhões, o que significou uma queda de 21%, se comparado com o mesmo período de 2011, quando esse número alcançou o patamar de US$ 13,71 bilhões. No Brasil, essa queda foi de 5%.
Na pauta de exportação capixaba, a maior queda registrada, de 42%, ocorreu com o item ferro e aço, seguida por petróleo (-32%), café e outras especiarias (-25%) e minério de ferro (-24%). Já as vendas para o mercado externo de celulose permaneceram estáveis, enquanto que as de rochas ornamentais registraram um aumento de 13%.
Ocupando a sétima colocação dos principais estados exportadores, o Espírito Santo vendeu principalmente para a China, os Estados Unidos, a Argentina, a Holanda e o Japão.
No que diz respeito às importações, o Estado registrou um montante da ordem de US$ 8,02 bilhões, uma desaceleração de 18%, se comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados US$ 9,73 bilhões. No Brasil, essa redução foi de apenas 1%.
Nos itens importados, o carvão mineral, utilizado na produção de ferro e aço, teve uma queda de 38%, seguido por automóveis (-33%), pneus (-29%), equipamentos para telefonia celular (-22%) e máquinas e equipamentos (-11%). Apenas as importações de tecidos, fios e vestuários registraram um aumento de 1%.
Dos parceiros comerciais, os produtos importados vieram da China, dos Estados Unidos, da Coréia do Sul, da Alemanha e do México.
Apesar da queda nos negócios no mercado internacional, o presidente do Sindiex, Severiano Imperial, aponta que a balança comercial do Espírito Santo teve uma queda menor do que a registrada no Brasil, que foi de 38%. Ou seja, as importações brasileiras aumentaram, em comparação com janeiro a dezembro do ano passado.
Ele ainda enfatizou que o Espírito Santo conseguiu ter um resultado “bom”, visto o cenário de crise econômica internacional. “Para um estado que tem uma economia muito ligada ao comércio exterior, o resultado está dentro das expectativas. Nas importações, por exemplo, acreditamos que será o terceiro melhor resultado da arrecadação do ICMS Fundap”, ressaltou.
