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sábado, 20 abril, 2024

B3: Cresce o número de pessoas físicas investindo na bolsa

Fabiano Costa, da Matriz Capital em Vitória, faz uma análise sobre as 5 milhões de contas de pessoas físicas na B3

Por Amanda Amaral

Existem hoje na B3, a bolsa de valores brasileira, em torno de 5 milhões de contas de Pessoas Físicas (PFs), que são abertas por corretoras de todo o país. São em torno de 1,2 milhão de mulheres e 3,8 milhões de homens. O número de CPFs únicos são 4,2 milhões, considerando que uma pessoa pode ter mais de uma conta.

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De acordo com os dados da B3, localizada na cidade de São Paulo, em 2018 o número de contas de investidores PFs na B3 era de 814 mil e, em dezembro de 2020, foi atingida a marca de 3,2 milhões. Mas por que o mercado de capitais tem se tornado atrativo para a população? De acordo com o privatize banker da Matriz Capital, o assessor de investimentos Fabiano Braun Costa, existem quatro motivos que estimulam esta procura.

Concorrência entre Corretoras

O acesso mais fácil das pessoas às corretoras de seguro, as taxas de corretagem mais baixas em razão de concorrência e disponibilidade na internet de conteúdo gratuito a respeito de investimentos estão entre fatores. Ele considera ainda a questão comportamental atribuindo as novas gerações um interesse maior pela educação financeira.

“Existe muito conteúdo gratuito na internet falando sobre como investir e sobre os tipos de investimentos. Além disso, a geração Z tem se mostrado mais preocupada com isso, são mudanças de perspectivas entre gerações. Hoje, as pessoas se preocupam mais em rentabilizar o capital. Associado a outros fatores como o aumento do número de corretoras e as taxas mais baixas que contribuem com o pequeno investidor”, analisou.

Tipos de Investimentos

Entre os investimentos mais atraentes para as pessoas físicas estão: Brazilian Depositary Receipt (BDRs), uma forma de investir em ações não brasileiras; Earning per share (EPS), um indicador de rentabilidade; e as ações pagadoras de dividendos.

“Estas pessoas têm buscado a renda variável como uma forma de projetar seus investimentos para alcançar uma rentabilidade maior do que com investimentos tradicionais. Não é o caminho mais fácil, mas é o que tem tido mais busca”, comentou Fabiano Costa.

Outro tipo de investimento que têm servido como porta de entrada para os mais avessos ao risco são os fundos imobiliários, segundo o assessor de investimentos, que ressalta que, neste caso, há isenção do imposto de renda para pessoa física. 

“Eles são menos voláteis, o preço oscila menos, não varia tanto, e entregam rendimentos mensais como se fosse alugueis, em uma comparação. Hoje, existem mais de 1,5 milhões de pessoas no Brasil investindo nesse tipo de fundo. O brasileiro tem essa proximidade com imóveis, com a ideia de ter um imóvel e receber aluguel por ele”, afirma.

Renda Fixa 

B3: Cresce o número de pessoas físicas investindo na bolsa
Fabiano Costa é private banker na Matriz Capital. Foto: Divulgação

Com relação às pessoas físicas, Fabiano Costa considerou também os investimentos em renda fixa como Certificado de Depósito Bancário (CDB), Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), Tesouro Direto, debêntures e outros do tipo. “Quando a gente fala sobre a bolsa de valores, relacionamos mais a renda variável do que a fixa. Porém, ela vive um momento bom, está muito atrativa por conta do aumento da taxa Selic, a taxa básica de juros”, disse..

Hoje é possível comprar títulos de tesouro direto a partir de 30,00 e há ações valendo menos de R$ 1,00, lembrou Fabiano Costa, que dá discas para quem deseja se arriscar sozinho.

Monitoramento da Carteira de Investimentos

“Se for fazer sozinho, deve estudar os ativos, as ações e os fundos, e também estudar sobre o tipo de perfil que irá adotar, conservador ou com mais riscos, porém focando em longo prazo. Na escolha da corretora, é importante avaliar a experiência no mercado e o tempo de vida da empresa, além dos profissionais que ela disponibiliza”, afirma.

Ele ressalta: “Existe uma evolução muito grande desde que a gente começa a trabalhar, porque o investidor que inicia como leigo, sem informação nenhuma, fazemos um monitoramento ao longo do tempo da carteira de investimentos. Vamos dialogando, esclarecendo o investidor sobre essa jornada. Depois, segmentos os objetivos de curto, médio e longo prazo. É uma maratona, não corrida de 100 metros”. 

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