IPCA-15 sobe 0,83% em junho, ante 0,44% em maio, revela IBGE, a alta mais elevada para o mês desde 2018
Por Daniela Amorim (Agência Estado)
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) subiu 0,83% em junho, após ter avançado 0,44% em maio, informou nesta sexta-feira, 25, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo da mediana das estimativas do mercado financeiro, calculada em 0,85%.
Com o resultado anunciado hoje, o IPCA-15 acumulou um aumento de 4,13% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 8,13%. As projeções iam de avanço de 7,96% a 8,23%, com mediana de 8,16%.
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A alta de 0,83% registrada em junho foi a mais elevada para o mês desde 2018, quando havia ficado em 1,11%. O resultado fez a taxa acumulada em 12 meses passar de 7,27% em maio para 8,13% em junho, o resultado mais elevado desde outubro de 2016, quando a taxa foi de 8,27%. No mês de junho de 2020, o IPCA-15 tinha subido 0,02%.
Sob pressão dos aumentos de preços dos combustíveis, o grupo Transportes passou de uma queda de 0,23% em maio para um avanço de 1,35% em junho, dentro do IPCA-15. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,28 ponto porcentual para a taxa de 0,83% do IPCA-15 de junho.
Os preços dos combustíveis subiram 3,69% este mês. A gasolina teve alta de 2,86%, acumulando um aumento de 45,86% nos últimos 12 meses. O gás veicular (12,41%), etanol (9,12%) e óleo diesel (3,53%) também ficaram mais caros.
Alimentação
Os gastos das famílias com alimentação e bebidas subiram menos na passagem de maio para junho, segundo o IPCA-15. O grupo Alimentação e bebidas passou de um aumento de 0,48% em maio para uma elevação de 0,41% em junho, uma contribuição de 0,09 ponto porcentual do grupo para a taxa de 0,83% do IPCA-15 deste mês, segundo o IBGE.
A alimentação no domicílio saiu de uma alta de 0,50% em maio para um avanço de 0,15% em junho. As famílias pagaram menos este mês pelas frutas (-6,44%), batata-inglesa (-9,41%), cebola (-10,32%) e arroz (-1,91%). Por outro lado, as carnes subiram 1,14%. Houve aumentos ainda nos preços do leite longa vida (2,57%) e de alguns derivados, como o queijo (1,99%).
A alimentação fora do domicílio acelerou de uma alta de 0,43% em maio para um avanço de 1,08% em junho, impulsionada pela refeição fora de casa (0,86%) e pelo lanche (1,67%). Segundo o IBGE, as altas podem ser explicadas, em parte, pelos aumentos nos preços de proteínas, como carne e queijos, mas também de custos como transporte e energia.