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sexta-feira, 19 abril, 2024

Astrônomo prevê surgimento de nova estrela

Haverá explosão no espaço; e poderá ser vista a olho nu.

Uma rara explosão poderá iluminar todo o Universo, em 2022. A previsão do astrônomo Larry Molnar decorre do estudo da estrela KIC 9832227. Ela está tão próxima de outra que compartilham a mesma atmosfera, o que poderá resultar na união Gigante Vermelha nos próximos anos. Uma vez formada, é esperada uma explosão de grande impacto.“Há uma hipótese de um para um milhão de se conseguir prever uma explosão”, indica Molnar, dando conta da grande oportunidade que será observar este fenômeno.

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Conhecida atualmente pela pouco atraente designação KIC 9832227, a “nova” estrela na verdade é um sistema binário, isto é, em que duas estrelas orbitam em torno de um centro de gravidade comum, com um brilho hoje muito tênue para ser vista a olho nu. No caso da KIC 9832227, no entanto, os passos desta dança cósmica estão rápidos e apertados. Chamadas binárias de contato, nestes sistemas as estrelas estão tão próximas uma da outra que dividem uma mesma atmosfera, como dois amendoins na mesma casca, e eventualmente podem se fundir e explodir. Essa é a expectativas dos astrônomos para a KIC 9832227 entre 2021 e 2023, mas mais provavelmente no começo de 2022, aumentando seu brilho em cerca de 10 mil vezes e tornado-­a, ainda que temporariamente, uma das estrelas mais brilhantes do céu, visível na constelação de Cygnus (Cisne). É uma chance de uma em um milhão poder prever uma explosão assim – diz Larry Molnar, professor do Calvin College, no estado norte-americano de Michigan, e líder da equipe responsável pela ousada previsão, apresentada durante a  229ª Reunião da Sociedade Astronômica Americana (AAS), que começou na última terça (3) e termina nesta segunda-feira (9) na cidade texana de Grapevine.

Molnar e equipe continuarão a observar a KIC 9832227 ao longo do próximo ano em toda uma nova gama de comprimentos de onda. Usando o VLA (sigla em inglês para “rede muito grande”, um dos maiores e mais sensíveis radiotelescópios do mundo, instalado no Novo México), o Infrared Telescope Facility (“instalação de telescópio infravermelho”, mantida e operada para a Nasa pela Universidade do Havaí no alto da montanha havaiana de Mauna Kea) e o observatório espacial XMM­Newton, da Agência Espacial Europeia (ESA), eles vão estudar as emissões de rádio, infravermelhas e de raios X da estrela.

Se a previsão de Larry (Molnar) estiver correta, seu projeto vai demonstrar pela primeira vez que astrônomos podem flagrar certas estrelas binárias no momento de sua morte, e que eles também podem acompanhar os últimos poucos anos de sua mortal espiral até o ponto final de uma dramática explosão – destaca Matt Walhout, reitor de pesquisas e bolsas de estudo do Calvin College. ­ E este projeto é significativo não só pelos seus resultados científicos, mas também por seu potencial de capturar a imaginação das pessoas comuns. Se a previsão estiver certa, então pela primeira vez na História pais e mães poderão apontar um ponto escuro no céu para seus filhos e dizer: “vejam, crianças, tem uma estrela escondida ali, mas em breve ela vai se acender”. Já Molnar considera que este é apenas o começo de uma história que vai se desenrolar nos próximos anos, em que pessoas de todo tipo poderão participar. A cronometragem do período orbital pode ser checada por astrônomos amadores – aponta Molnar. ­

 

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