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sábado, 20 abril, 2024

Advogados são alvos de operação suspeitos de levar recados de presos para facção criminosa

O Ministério Público Estadual (MPES), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou na manhã desta segunda-feira (19), uma operação que busca apurar crimes praticados por organização criminosa autointitulada PCV, Primeiro Comando de Vitória.

Por Munik Vieira

A operação, denominada “Operação Armistício”, cumpre 37 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão em municípios da Grande Vitória, Aracruz e São Mateus.

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A operação mira a participação de advogados, que se utilizam indevidamente de prerrogativas essenciais à advocacia para garantir comunicação criminosa entre lideranças da facção criminosa, que se encontram custodiados em unidades prisionais do Estado, com integrantes em liberdade e também foragidos do sistema judiciário.

Existem mandados relacionados a nove advogados, cuja busca e apreensão tem acompanhamento de representantes da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Espírito Santo (OAB-ES), em cumprimento de decisão judicial da 10ª Vara Criminal de Vitória.

Além dos mandados judiciais, serão cumpridas notificações de advogados para serem ouvidos perante o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Investigações tiveram início em 2019

As investigações começaram em 2019 com interceptações telefônicas e de telemática, dentre outras diligências investigativas, que culminaram na obtenção de provas de tráfico de drogas, aquisição e porte de armamentos e munições, execução e planejamento de crimes de homicídio, queima de ônibus e outras ações violentas. Esses crimes eram executados por meio de comunicação exercida por advogados.

Transferência de detentos

Em decorrência de fatos graves apurados na operação, foi efetivada a determinação judicial estadual e federal de transferência de cinco presos integrantes do Primeiro Comando de Vitória (PCV) da Unidade de Segurança Máxima Estadual para o Sistema Prisional Federal, com aplicação de Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).

A operação de transferência teve apoio do Grupo Especial de Trabalho em Execução Penal do Ministério Público (Getep), do Comando-Geral da PMES, da Secretária de Justiça e da Secretaria de Segurança Pública do Governo do Estado do Espírito Santo, do Departamento Penitenciário Nacional do Governo Federal (Depen) e da Polícia Federal, que providenciou a aeronave que levou os presos.

A operação contou com o apoio do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES, da Diretoria de Inteligência da Polícia Militar do Espírito Santo (DINT- PMES) e do 7º Batalhão da Polícia Militar

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