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sexta-feira, 19 abril, 2024

A participação feminina na geração de riquezas cresce e aparece

A participação feminina na geração de riquezas cresce e apareceO sexo feminino “decolou” de vez e pode enxergar cada vez com mais clareza o quanto caminhou, garantindo a aposta num futuro ainda mais promissor. Feras quando o assunto é exercer múltiplas habilidades e tarefas simultâneas e arcar, nos últimos anos as mulheres têm esbanjado talento, competência e conhecimento, como provam os números: elas aumentaram expressivamente sua participação na economia global, respondendo hoje por 40% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

No Brasil, de acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Emprego feita pelo IBGE e divulgados neste mês de março, em 2011 as mulheres eram maioria (53,7%) na população em idade ativa (PIA) com 10 anos ou mais, ainda que fossem minoria (45,4%) na população ocupada (PO). Contudo, o nível de ocupação (relação que mostra o contingente de ocupados em relação ao total da PIA) da parcela feminina saltou de 40,5% em 2003 para 45,3% em 2011, registrando crescimento maior do que o dos homens, que passaram de um percentual de 60,8% para 63,4% no mesmo período, como mostrado nos gráficos a seguir.

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Uma análise da distribuição da população ocupada nos diversos setores de atividade no período de 2003 a 2011 mostra um maior crescimento da presença feminina nos serviços prestados, que foi de 11,6% para 14,9% (ou seja, 3,2 pontos percentuais), e de 14,8% para 17,0% (2,3 pontos percentuais) entre os homens. Em outros serviços, as mulheres também apresentaram crescimento maior no período: 1,2 ponto percentual (de 15,1% para 16,2%), contra 0,38 ponto percentual (de 18,6% para 19,0%) dos homens. Já na administração pública, o predomínio da presença feminina manteve-se estável nesses oito anos, seguido pela ocupação das mulheres no comércio. Por outro lado, caiu o percentual de mulheres ocupadas nos serviços domésticos (de 16,7% para 14,5%, queda de 2,2 pontos percentuais).

Destaca-se ainda a participação das mulheres com 11 anos ou mais de estudo, no universo total da população ocupada feminina com carteira assinada no setor privado. Para elas, a participação foi de 77,5%, enquanto para eles esse indicador foi de 58,9%, ¬¬ uma diferença de 18,7 pontos percentuais em 2011. No ano de 2003, essa diferença havia sido de 20,3 pontos percentuais.

No comando
Outro recente estudo, este realizado pela empresa Catho Online, site de colocação profissional de maior audiência da América Latina, mostra que as mulheres em 2012 já ocupam mais de 48% dos cargos de supervisão, igualando-se aos homens, e 64% dos postos de coordenação. De acordo com a pesquisa da Catho, quando se trata da área de atuação as mulheres apresentam maior participação nas áreas de Recursos Humanos (73%), Educação (62%) e Administrativa (60%). Já Tecnologia e Industrial/Engenharia, por sua vez, continuam sendo as de menor participação feminina, com 16% e 20%, respectivamente. O estudo registra o avanço feminino também entre os cargos mais elevados das organizações, como presidentes, dos quais 24% já pertencem a essas profissionais.

Depois da Presidência da República, no início de 2012 também a presidência da maior estatal brasileira passou a ser ocupada por uma mulher, Maria das Graças Foster. Funcionária de carreira da Petrobras, ela aceitou o desafio de recuperar os resultados da empresa.
A companhia, aliás, recebeu por duas vezes o Selo Pró-Equidade de Gênero, concedido pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, do Governo Federal, com a chancela do Fundo das Nações Unidas para as Mulheres (UNIFEM) e Organização Internacional do Trabalho (OIT). Desde 2003, a mão de obra feminina na empresa cresceu 84,1%. Há pouco mais de cinco anos, elas eram 4.406 profissionais e correspondiam a 12% do efetivo de empregados.

No geral, as mulheres viraram peça-chave da economia. Elas são destacadas em estudos acadêmicos como o principal fator de crescimento das riquezas geradas no planeta nas duas últimas décadas e como principais influenciadoras e/ou decisoras quanto à aquisição de bens de consumo. Outro ponto ressaltado em pesquisas é a alta qualificação feminina (elas entram com mais facilidade nas universidades e são responsáveis por 60% das inscrições nos cursos de pós-graduação e MBA).
O consumo é outro fator medido quando da análise da geração de riqueza por parte do sexo feminino. Segundo pesquisa da LatinPanel, elas comandam 80% das decisões de compras. Além disso, 41% delas têm cartão de crédito.

Mulheres empreendedoras
No Espírito Santo, 55% dos micro e pequenos empreendedores são mulheres, de acordo com dados do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), sendo que, para 2012, a instituição de fomento vai investir R$ 100 milhões no programa Nossocrédito para atender a 16.500 clientes que precisam de um “empurrãozinho” a fim de desenvolver cada vez mais seu negócio, estando as mulheres no topo da lista dessa e de outras instituições financeiras.

 

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