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quinta-feira, 28 março, 2024

Covid-19: a luta pela vida com esperança e responsabilidade

A chegada dos imunizantes trouxe esperança para tantas vidas ameaçadas por uma pandemia que pegou a todos de surpresa e culminou em milhares de perdas

Por Gustavo Genelhu

A pandemia trouxe muitas restrições para toda a população, especialmente quando ainda não havia vacina, mas o público da terceira idade era o que mais preocupava em razão da vulnerabilidade à temida Covid-19.

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A chegada dos imunizantes trouxe esperança para tantas vidas ameaçadas por uma pandemia que pegou a todos de surpresa e culminou em milhares de perdas.

Ainda não chegamos ao tão desejado fim desse catastrófico período pandêmico, mas hoje já podemos contabilizar vidas e não apenas mortes. Médicos e suas equipes de profissionais de saúde já comemoram os leitos de hospitais esvaziados pelas curas e pelas internações que foram evitadas, não apenas pelos óbitos somados ao fim de cada boletim médico.

Só para se ter ideia, em apenas quatro meses de campanha de imunização, 43 mil mortes de idosos foram evitadas no Brasil, segundo um estudo feito pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

De acordo com a pesquisa, em janeiro, quando a imunização estava no início, as mortes por Covid-19 entre pessoas com mais de 70 anos representavam 25% do total. Em maio, este número entre os com mais de 80 anos foi reduzido para 12,4%. Nas pessoas entre 70 e 79 anos, caiu para 16%.

O fim da pandemia ainda não chegou e as vidas perdidas estão longe de serem apenas números expostos num painel. Significam perdas dolorosas para filhos, pais, netos, irmãos, amigos e pacientes.

Por isso, hoje a luta é por um número cada vez maior de cidadãos imunizados, independente da idade e da condição de saúde. Com um ritmo de vacinação mais acelerado, outras milhares de vidas serão preservadas.

E como todo avanço social se alcança com o esforço da coletividade, cada um de nós tem um papel importante nessa luta. O primeiro deles é estar ciente da necessidade de continuar adotando os cuidados sanitários que esse tempo difícil nos impõe. Infelizmente, muitos decretaram o fim da pandemia por conta própria e ignoram as medidas de prevenção, e isso pode acarretar em consequências muito indesejáveis.

É válido lembrar que a vacina não é passaporte para uma rotina sem cuidados. Todos já sabemos que a Covid-19 pode afetar pessoas de todas as idades e não se sabe quem pode perder a vida para a doença.

Também é preciso ter ciência de que todas as vacinas disponíveis (devidamente testadas e aprovadas) são eficazes para prevenir a Covid-19. Portanto, quando chegar a sua vez, não hesite em tomar a que estiver disponível no seu posto de vacinação. Apenas as restrições médicas para cada caso devem ser levadas em conta. E, claro, não ignorar a segunda dose do imunizante.

Mesmo que a vitória completa sobre a pandemia ainda não tenha chegado, caminhamos para o seu fim com esperança e responsabilidade.

Gustavo Genelhu é médico geriatra

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