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quarta-feira, 24 abril, 2024

A cultura capixaba mais unida que nunca

“O trabalho realizado em tempo recorde para que o setor produtivo da cultura obtivesse o recurso da lei, deixou a certeza de que esse é apenas o começo de uma transformação. Toda a experiência que vivenciamos até aqui, como gestor cultural, mostra que somos capazes e, juntos, podemos realizar ainda muito mais”

Por Manoel Goes Neto

Um legado significativo da Lei de Emergência à Cultura Aldir Blanc nos mostrou que essa legislação voltou a unir o país em torno da cultura. Reascendeu a importância do Sistema Nacional de Cultura. De repente, de norte a sul, todos os municípios passaram a agir em prol dos artistas. A Aldir Blanc também mostra a capacidade do artista de se reinventar, comprovando, de fato, a legitimidade e importância da cultura na economia mundial. A Lei Aldir Blanc de fato foi um marco, pois possibilitou a construção de estratégia para garantia de se repensar o fazer cultural.

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O trabalho realizado em tempo recorde para que o setor produtivo da cultura obtivesse o recurso da lei, deixou a certeza de que esse é apenas o começo de uma transformação. Toda a experiência que vivenciamos até aqui, como gestor cultural, mostra que somos capazes e, juntos, podemos realizar ainda muito mais. Para que o auxílio chegasse às mãos de quem estava precisando, trabalhamos muito. A Aldir Blanc chamou a atenção para a invisibilidade de uma massa de trabalhadores e trabalhadoras da cultura que não está nos cadastros oficiais, e a Aldir Blanc mostrou que precisamos pensar nessa ponta da cadeia produtiva.

As legislações também irão precisar de atualizações que façam mais sentido para as políticas culturais, fortalecendo a participação social por meio dos Conselhos Municipais de Cultura, e do Fórum de Gestores e Dirigentes Municipais de Cultura do Espirito Santo, que construímos, e cujo objetivo maior é a total sinergia entre os gestores e dirigentes municipais, com apoio e incentivo da SECULT-ES e SEBRAE-ES, promovendo a institucionalização e a democratização da políticas públicas de cultura em todo o território capixaba, entre os setores finalísticos e a área sistêmica das secretarias municipais.

O trabalho em rede e estruturante, dentro do Sistema Estadual de Cultura, com ações realizadas de maneira coordenada entre Estado e Municípios permitirá o crescimento equilibrado da cultura capixaba. A Lei Aldir Blanc de fato foi um marco, pois possibilitou a construção de estratégia para garantir o acesso e a democratização dos recursos, fomentar à diversidade e uma gestão transparente, em estreito diálogo com a sociedade, a quem toda política pública se destina, e a quem nosso trabalho de gestor cultural deve sempre se dedicar. Estamos na expectativa dela ser reeditada, com a vinda de mais recursos para os trabalhadores da cultura.

Agora vem a continuidade. O nosso esforço será para transformar este rico acervo produzido pelos projetos contemplados dos editais, em recursos didáticos nas escolas, fortalecer mecanismos de distribuição das obras resultantes, desburocratizar, criar indicadores e, com eles, mensurar os impactos sociais e econômicos do setor produtivo da cultura no Espirito Santo, agora mais unido que nunca.

Manoel Goes Neto é escritor e subsecretário de Cultura de Vila Velha

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