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sexta-feira, 29 março, 2024

Mercado eleva inflação para 7,11%

Pela 20ª vez, analistas do mercado financeiro aumentaram a previsão da inflação. A previsão para 2021 subiu de 7,05% e chegou a 7,11%

Por Samantha Dias 

Pela 20ª vez, analistas do mercado financeiro aumentaram a previsão que fazem da inflação – o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A previsão para 2021 subiu de 7,05% e chegou a 7,11%.

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Com essa nova atualização, a previsão está cada vez mais distante do centro da meta, que é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

Em julho, a inflação subiu 0,96%, o maior resultado para o mês desde 2002, quando a alta foi de 1,19%. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,76%, no ano, e 8,99%, nos últimos 12 meses.

O economista Vaner Corrêa disse que a inflação alta é resultado do desequilíbrio nas relações de oferta e demanda, ocasionado pela pandemia de covid-19 e pela alta do dólar.

“A alta da inflação tem caráter mundial, outros países também estão passando por isso. Infelizmente o Brasil vai sofrer um pouco mais este ano, a trégua que era esperada para o segundo semestre não está acontecendo”, disse.

Mas para vislumbrar uma perspectiva de melhora da inflação, o economista disse que são necessárias reformas estruturantes e estabilidade política, pois ambiente político conturbado como está hoje dificilmente haverá melhora para a população. “E para o consumidor não há outro jeito senão gastar sola de sapato”.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 5,25% ao ano. Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 7,5% ao ano. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

As instituições financeiras reduziram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 5,28 para 5,27%%. Para 2022, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 2%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,5%.

A expectativa para a cotação do dólar se manteve em R$ 5,10 para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,20.

Com informações da Agência Brasil

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