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quarta-feira, 24 abril, 2024

Nova síndrome coloca vida de crianças e adolescentes em risco

Apontada como uma complicação da Covid-19, a Síndrome Inflamatória Multissistêmica pode levar as crianças ao óbito rapidamente

Crianças e adolescentes ao redor do mundo estão sendo infectados pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2), deixando-as em estado grave, até mesmo levando ao óbito. Mas uma das preocupações dos médicos é a Síndrome Inflamatória Multissistêmica em Crianças, um conjunto de manifestações exacerbadas do organismo causadas pela Covid-19.

A maioria dos casos começou a ser observados no início de maio, em países como o Reino Unido, mas já possui relatos de casos na Espanha, na França e nos Estados Unidos. Aqui no Brasil também há relatos de casos suspeitos. Segundo o pediatra e consultor em saúde infantil, Jovarci Motta, a síndrome acomete mais as crianças e adolescentes na faixa etária entre 04 e 17 anos e se manifesta dias ou semanas após a infecção pelo vírus.

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Motta ressalta que a síndrome faz com que o corpo da criança reaja ao vírus de forma desregulada, levando a um quadro inflamatório generalizado. Com isso, vários órgãos são comprometidos. “Ela ataca o sistema respiratório, problema típico da Covid-19, mas também atua como uma resposta inflamatória sistêmica que repercute em outros órgãos, como o miocárdio, fígado, baço, entre outros.”, frisa o especialista.

síndrome de kawasaki
Os sintomas da síndrome inflamatória se assemelha à Síndrome de Kawasaki. – Foto: Reprodução / The Sun)

Síndrome de Kawasaki

O pediatra destaca que a síndrome se assemelha a outra doença inflamatória infantil rara chamada Síndrome de Kawasaki. “Os sintomas mais comuns são vermelhidão nos olhos, lábios fissurados, febre alta por mais de cinco dias ou até semanas, íngua no pescoço, edemas nas mãos e nos pés e manchas pelo corpo”, observa.

O especialista ressalta que nestes casos o óbito é bem mais rápido. “As crianças que tiveram a complicação precisam ser levadas imediatamente à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e medicadas. Algumas chegam a precisar de ajuda para respirar ventilação mecânica, outras não resistiram”, explica.

Tratamento

Ao detectar alguns dos sintomas, é importante levar a criança ou o adolescente imediatamente ao hospital. “A boa notícia é que as crianças que recebem o tratamento imediato, sendo atendido principalmente por um pediatra, a melhora acontece após a primeira semana”, destaca Motta.

Segundo o consultor de saúde infantil, até o momento, foram registrados poucos óbitos e não é recomendado o uso da cloroquina durante o tratamento. “A criança precisará ficar internada para avaliar a evolução do vírus. Porém, não indicamos o uso da cloroquina, pois além de não ter sido comprovada sua eficácia, não há relação com o tratamento”, finaliza o médico.

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