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quinta-feira, 28 março, 2024

Inquérito sorológico: maioria dos pacientes com o coronavírus não apresentou sintomas

Segundo levantamento, cerca de 84 mil pessoas foram infectadas com o vírus, correspondendo a 2,1% da população capixaba

O secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, detalhou, nesta segunda-feira (18), a primeira etapa do inquérito sorológico, que visa a mapear o percentual de pessoas que já tiveram contato com o coronavírus no Estado, iniciado na última quarta-feira (13).

Por meio de coletiva de imprensa, o secretário disse que um total de 84.391 pessoas já foram contaminadas com a covid-19 no Espírito Santo. O número corresponde a 2,1% da população capixaba.

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Deste número, entre 12.603 a 19.696 pessoas (quase 20% do total) não apresentaram sintomas da doença, ou seja, foram contaminados, mas estavam assintomáticas. Além disso, 73% dos casos positivos foram com pacientes mulheres. A maioria dos infectados, no geral testado, tinha entre 21 a 40 anos.

Segundo o secretário, a maioria das pessoas não buscam o atendimento de saúde para realizar o tratamento. “É importante destacar aqui o quanto é fundamental, para romper a cadeia de transmissão, que a população na qualquer presença de sintomas, procure o serviço de saúde”, disse Nésio.

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O secretário de Saúde, Nésio Fernandes, e o subsecretário de Vigilância Sanitária, Luiz Carlos Reblin, durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (18). – Foto: Reprodução

A segunda etapa do inquérito sorológico será realizada entre os dias 27 e 29 de maio. Uma terceira vai acontecer entre 8 e 10 de junho, e a quarta e última, entre 22 e 24 de junho. O inquérito é feito em 19 municípios capixabas.

Isolamento

O secretário Nésio Fernandes reforçou a importância de manter o distanciamento social. “O distanciamento social é uma questão de cada um. Essas medidas permitem salvar vidas. Para romper a cadeia de transmissão, apoie o isolamento social”, disse ele.

Já o subsecretário de vigilância em saúde, Luiz Carlos Reblin, disse que quase 4 milhões de capixabas ainda podem ter contato com a doença, por isso é necessário respeitar o isolamento social.

Cloroquina

Sobre o uso da cloroquina, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, o secretário de Saúde disse que não há evidências da eficácia do medicamento. “O uso em pacientes de caso leve, pois esses pacientes poderão usar e mascarar os sintomas da doença, tornarem-se assintomáticos e transmitir a outras pessoas.”, destacou.

Ele reforçou que o Estado está em alerta sobre as indicações do remédio. “No momento em que houver evidências científicas, que recomendem o uso seguro da medicação em pacientes leves, o Espírito Santo, orientado pela ciência, orientado pelas melhores práticas e na segurança do paciente, nós iremos adotar. Seja cloroquina, seja qualquer antibiótico, qualquer antiviral. O estado do Espírito Santo adota a ciência como diretriz para suas decisões”, afirmou.

Hospitais de campanha

De acordo com o secretário Nésio Fernandes, ainda não há necessidade de montar um hospital de campanha, mesmo com o número de leitos ocupados estando em 82,7% de ocupação.

“É uma possibilidade concreta, assim que nós identifiquemos que exista um esgotamento da capacidade de expansão de leitos na rede própria, na rede filantrópica e rede privada nas diversas regiões. Nós estamos providenciando a construção de leitos modulares e estamos providenciando a construção de leitos extras em algumas unidades hospitalares do nosso Estado”, afirmou o secretário.

Ele disse, ainda, que o Estado busca parcerias com outros hospitais a fim de encontrar uma solução e não precisar de hospital de campanha. “O Estado do Espírito Santo busca novos leitos, e na última semana firmou uma parceria com o Hospital Vila Velha, que ofertará 190 leitos, sendo 40 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 150 de Enfermaria. Isso é resolutividade, isso é o que podemos ofertar de segurança à população.”, explicou.

Serviço de verificação de óbito

Reblin destacou também a entrega de mais um Serviço de Verificação de Óbito (SVO), um Núcleo de Serviços (Necropsias), ligado à Gerência Estratégica de Vigilância em Saúde (GEVS) da Sesa, nesta semana.

“Nem todos nós tínhamos informações sobre a existência deste espaço. É uma parte importante para que nós compreendamos como prevenir esses eventos. É importante informar que ele está adequado às regras que a Anvisa determina”, finalizou.

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