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quinta-feira, 28 março, 2024

Iniciativas brasileiras se tornam referência mundial

As duas únicas iniciativas nacionais foram levadas a 14ª reunião de cúpula do G20, grupo das maiores economias do mundo, realizada no final de junho, no Japão

O Brasil segue sendo destaque internacional, desta vez, por conta da promoção das Indicações Geográficas (IGs) – que buscam auxiliar no desenvolvimento das micro e pequenas empresas administradas pelo Sebrae – e da Estratégia Nacional para Negócios e Investimentos de Impacto (Enimpacto), coordenada pelo Ministério da Economia.

As duas únicas iniciativas nacionais foram levadas para a 14ª reunião de cúpula do G20, grupo das maiores economias do mundo, realizada entre em 28 e 29 de junho na cidade de Osaka, no Japão. Além disso, o Brasil será inserido em um inventário com diversos exemplos de políticas dos membros do G20, chamado de “Exemplos de Negócios e Políticas voltadas ao Crescimento Sustentável e Inclusivo por Meio do Comércio e do Investimento”, publicação organizada pelo governo japonês.

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E o Sebrae se destaca por realizar projetos de Indicações Geográficas, que visa a promover ações para fortalecer e estruturar outras no país, consolidando sua importância como estratégia para o desenvolvimento e para a ampliação da competitividade das pequenas empresas. Ao todo, são 63 IGs registradas, sendo que 70% delas estão ligadas ao agronegócio, principalmente no Rio Grande do Sul, no Paraná e em Minas Gerais.

“Estamos construindo o futuro da participação dos produtos das IGs nos mercados interno e externo. Isso é realidade na Europa, onde os produtos provenientes delas responderam por 15% das exportações em 2010. Vamos priorizar a elaboração da proposta de uma lei específica e a criação do selo para elas”, afirma a analista do Sebrae Nacional Hulda Giesbrecht.

Espírito Santo

A aceitação de produtos com reconhecimento de origem nacional abre a oportunidade para que o setor foque a produção com maiores qualidade e valor agregado, alcançando percentuais melhores. De acordo com a analista do Sebrae-ES, Carine Thomazio Espírito Santo possui grandes potencialidades em produtos para o mercado externo, como café, cacau, socol, pimentas, mamão, granito e mármore.

“Todos são exportados, mas sofrem alguma usurpação ao serem misturados com produtos de baixa qualidade para gerar volume.” Entre os fatores há ainda o risco de terem sua origem alterada para entrar no mercado ou de produtos de outras regiões levarem chancela de origem.

Iniciativas brasileiras se tornam referência mundial
Os produtos capixabas têm alto potencial para o mercado externo. – Foto: Divulgação / Sebrae

“Diante deste cenário, o registro e reconhecimento de uma Indicação Geográfica protegem a origem dos produtos e, já no processo de preparação para reconhecimento, há uma melhoria na qualidade da produção. Os controles de rastreabilidade implementados garantem a origem do produto e a visibilidade da região que o produz”, disse Carine.

Já a gerente de Agronegócio do Sebrae, Christiane Castro, acredita que a iniciativa fomenta a atividade turística das regiões produtoras. Isso porque os consumidores passam a ter mais informações sobre os locais, o que desperta maior interesse. Dessa forma, há um ganho adicional que ultrapassa a cadeia e gera perspectivas e possibilidades. “Estamos falando em desenvolvimento territorial, tema que corre nas veias da nossa instituição, visto que possuímos diversas ferramentas e soluções com esse propósito”, afirmou.

 


 

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