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sexta-feira, 19 abril, 2024

75 anos de literatura em Vila Velha

Mudanças respondem aos desafios atuais, permitindo à Academia manter ativa sua tradição histórica de estimular a cultura em Vila Velha

Por Manoel Goes Neto

A história da ALVV Academia de Letras de Vila Velha começou quando foi fundado o Centro Cultural Humberto de Campos, instituição da qual a Academia descende diretamente. O nome do Centro era uma homenagem a Humberto de Campos (1886-1934), escritor, jornalista e político que Millôr Fernandes definiu como “o maior cronista dos anos 30”.

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Alguns fundadores do Centro Cultural eram remanescentes do Centro Acadêmico Humberto de Campos, instituição anterior fundada na década de 1940 e que teve apenas um ano de duração. Para ligar os projetos, os integrantes decidiram manter a homenagem a Humberto de Campos.

Fundada em 07 de março de 1948, a ALVV, entidade literária máxima de Vila Velha completa 75 anos. As atividades da ALVV incluem saraus literários e atividades para divulgação, promoção e defesa da literatura. Seu patrono é Humberto de Campos, jornalista, escritor e membro póstumo da Academia Brasileira de Letras. A instituição representa diversos gêneros, estilos, tendências e formatos literários, com quadro de pessoas com diferentes origens e pensamentos.

Em agosto de 2014, por meio de sessão solene, a instituição passou a ser chamada de Academia de Letras de Vila Velha (ALVV). A homenagem a Humberto de Campos foi mantida: atualmente, ele é o patrono geral da Academia. Junto à mudança no nome, a Academia recebeu outras reformas institucionais, como mudança no número de cadeiras, que se ampliou para quarenta, seguindo a tradição francesa. Foi introduzida uma novidade: como forma de manter o ativismo, foram gerados critérios para permanência dos membros na instituição.

As mudanças respondem aos desafios dos tempos atuais, permitindo à Academia manter ativa sua tradição histórica de promover e estimular a cultura. Sua sede, bem cuidada pela parceria com a Prefeitura Municipal de Vila Velha, está na rua 23 de maio, 83, no Sitio Histórico da Prainha, com vasta atividade e eventos literários. Hoje a presidência da ALVV está entregue e muito bem conduzida pelo jornalista, poeta “dizedor de sentimentos”, Horácio Xavier e como seu vice-presidente o talentoso e jovem escritor Italo Samuel Wyatt.

Sabemos da existência de muitas outras Academias de Letras pelo país afora, nos estados e cidades, todas inspiradas na ABL Academia Brasileira de Letras, que surgiu à imagem e semelhança da francesa e por iniciativa de escritores como Medeiros e Albuquerque, Lúcio Mendonça, Machado de Assis, Joaquim Nabuco. É responsável pela edição de obras de grande valor histórico e literário, e atribui diversos prêmios literários A ABL remonta ao final do século XIX, quando escritores e intelectuais brasileiros desejaram criar uma academia nacional.

A presença no nosso município da segunda mais antiga academia de letras do estado denota a sua importância e permitindo aos cidadãos terem na porta de casa atividades de divulgação da língua e da arte literária. Mais que isso, fomento do habito da leitura e da escrita, atraindo os jovens e neoliteratos, despertando talentos; enfim produzindo uma literatura brasileira contemporânea com o DNA canela-verde, vida longa à ALVV e aos seus imortais Acadêmicos.

Manoel Goes Neto é subsecretário de Cultura de Vila Velha, escritor, gestor cultural e diretor no IHGES.

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