29.9 C
Vitória
quinta-feira, 4 DE julho DE 2024

4 em cada 10 brasileiros são vítimas de golpes

Os golpes mais relatados pelos consumidores foi o uso de cartão de crédito por terceiros ou falsificado, aponta o Relatório de Fraude da Serasa Experian

Por Redação

Quatro em cada 10 pessoas já sofreram fraude no Brasil (42%). Desses, 57% tiveram perda financeira de R$ 2.288 em média, ou seja, quase dois meses de trabalho para quem ganha um salário mínimo (R$ 1.412).

- Continua após a publicidade -

Já para as empresas, a preocupação sobre a recorrência de golpes aumentou 58% em um ano. Esses e mais dados estão presentes no Relatório de Identidade Digital e Fraude 2024, desenvolvido pela Serasa Experian e divulgado na Febraban Tech.

O avanço tecnológico é um ganho para todos, mas, na mesma medida, os criminosos também se aprimoram para aproveitar as brechas dos consumidores, além dos sistemas que as empresas eventualmente deixam. Consumidores e empresas devem estar vigilantes e utilizar todas as ferramentas disponíveis para proteger suas informações e transações.

“Por não existir uma bala de prata que blinde toda e qualquer transação, apenas a proteção em camadas é capaz de garantir a segurança de todos. Alguns exemplos são a biometria facial, a análise de risco de dispositivo, a verificação de documentos, o Cadastro ‘Know Your Costumer’ (KYC), entre outros. O monitoramento contínuo, a autenticação multifator e o uso inteligente das tecnologias são essenciais para garantir a integridade das operações, o crescimento sustentável dos negócios e, ao mesmo tempo, prevenir fraudes”, explica o Diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha.

Os tipos de golpes mais relatados pelos consumidores foi o de “uso de cartões de crédito por terceiros ou cartão falsificado” (39%). 

Os respondentes também disseram que 26% das fraudes sofridas aconteceram em 2022 e 31% antes disso. Em relação às diligências vivenciadas em 2023, 10% foram no primeiro trimestre, 9% no segundo e 15% no terceiro.

Ainda de acordo com dados do estudo, após sofrer uma fraude, 87% dos respondentes disseram que a preocupação com o tema “aumentou”. O percentual vai para 91% quando considerado o recorte de pessoas que tiveram perda financeira.

Perfil das vítimas de fraude

Segundo a pesquisa, do total de 42% das pessoas que sofreram fraudes, o percentual cresce mais na classe B, onde o mesmo índice atinge 46%; e diminui na classe C, que apresenta índice de 35% das pessoas se identificando como vítimas de golpes.

Caio Rocha explica que “os criminosos visam brasileiros com maior poder aquisitivo para ampliar seus ganhos, mas a fraude ocorre em qualquer faixa de renda”.

Quando observamos as diferenças do índice por faixa etária, o estudo registrou que os 50+ aparecem com o maior índice de fraude (48%). Não há diferenças significativas entre as regiões do Brasil, mas há um índice maior de vítimas no interior (46%) do que nas capitais e regiões metropolitanas (40%).

Golpes mais temidos

Fraudes com meios de pagamento e vazamento de dados são os mais temidos pelas pessoas e apenas 2% disseram que não temem sofrer golpes.

O Relatório de Identidade Digital e Fraudes 2024 também procurou ouvir as companhias sobre golpes e 58% das empresas afirmam que a preocupação com esse tópico aumentou entre 2022 e 2024. A alta foi ainda maior na visão por portes: com as grandes empresas, esse índice sobe para 68%. Elas são, inclusive, as mais conscientes sobre a importância da prevenção contra criminosos: “Proteção de Operações Fraudulentas”, em 2024, é o segundo foco das companhias (35%), atrás apenas de “Conquistar Mais Clientes” (45%).

Em relação ao crescimento geral da preocupação sobre fraudes, o levantamento indicou que houve impacto na previsão orçamentária das empresas entrevistadas, mudando a prioridade dos gastos com fraude do quinto lugar em 2022 para o terceiro em 2024.

Ao sofrerem algum tipo de tentativa de fraude, as empresas demonstraram preocupação com questões relacionadas à segurança da informação, principalmente, ao “Vazamento de Dados de Clientes” (49%) e “Perdas Financeiras” (48%), seguidos por “Vazamento de Dados Próprios” (39%), “Inadimplência” (35%), “Roubo de Informações Estratégicas” (34%), “Fraude de Identidade” (28%) e, por último, a “Perda de mercadorias” (16%).

Atenção em todas as camadas de proteção

Para se prevenirem das fraudes, a pesquisa revelou, ainda, que as empresas consideram as camadas essenciais de proteção, sendo as principais “Análise de Documentos” (49%), “Análise de Score de Clientes” (36%), “Análise de Score das Empresas” (28%), “Análise de operações de cartões de crédito” (22%) e “Análise de Dispositivos” (19%). 

A pesquisa foi abrangente, com 26% dos entrevistados tendo 50 anos ou mais, 22% entre 30 e 39 anos, 20% de 18 a 24 anos, 19% de 40 a 49 anos e 13% de 25 a 29 anos.

 

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Matérias relacionadas

Continua após a publicidade

EDIÇÃO DIGITAL

Edição 222

RÁDIO ES BRASIL

Continua após publicidade

Vida Capixaba

- Continua após a publicidade -

Política e ECONOMIA