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quinta-feira, 18 abril, 2024

2011, um ano promissor para os capixabas

2011, um ano promissor para os capixabas

Nunca se teve tantas expectativas em um ano como aconteceu em 2010. Os setores depositaram as esperanças na retomada da economia nacional e, cada um em sua área, conseguiu recuperar-se da crise econômica de 2008/2009.

 E o Brasil ao lado da China, são as economias emergentes que mais se destacaram. E ao que tudo indica, para alguns setores, o ano de 2011, será promissor, mesmo tendo o Produto Interno Bruto (PIB) desacelerado, a expectativa é de que o crescimento brasileiro em 2010 seja um dos maiores do mundo apresentando alta de 8% no ano. Porém a inflação, caso não seja contida pode esfriar os ânimos, principalmente do varejo.

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Para a economia capixaba o ano de 2011 será muito promissor. Os setores que lideram projeções de investimentos são o de petróleo e gás, siderurgia, mineração, celulose, porto e ferrovia, construção civil e obras de infraestrutura em vários municípios. Especialistas já apostam um crescimento do PIB capixaba superior a média nacional. Estudo recente realizado pelo Ideies mostra uma aceleração do crescimento econômico capixaba e a previsão é de que o PIB do Estado chegue R$ 59,5 bilhões em 2011, com crescimento de 6% em comparação com 2010. Um saldo superior ao nacional que deve ficar entre 4% a 5%. Vale observar que a expectativa é de que o mundo cresça apenas 3%. Será um ciclo positivo para a economia do Espírito Santo. Até mesmo nas exportações, que experimentou em 2009 uma queda, seu desempenho foi diferente da média brasileira. Até o final do terceiro trimestre o crescimento atingiu 78,7%, segundo dados da Secex. Esse resultado é puxado pela valorização das commodities que devem em 2011 apresentar um cenário positivo.

Outra boa expectativa é em relação aos novos governos federais e estaduais que devem manter os investimentos. No Estado a eleição do senador Renato Casagrande proporcionou uma onda de otimismo em relação aos mercado pois ele deve dar continuidade ao que foi feito pelo Governador Paulo Hartung. E mesmo tendo um orçamento Estadual reduzido em 2011 – cerca de R$ 670 milhões, ele garante que a verba será completada com recursos federais, para isso a bancada política terá que se mobilizar e assim garantir recursos para os investimentos previsto. Tudo isso reflete num cenário de boas expectativas para 2011 que incentivará o crescimento do Estado e uma melhora de vida do cidadão.

Investimentos garantirão crescimento em 2011
Para o Grupo Águia Branca, o ano de 2009 foi bastante afetado pela crise financeira internacional, que gerou o adiamento de alguns projetos de expansão dos nossos clientes no Brasil, bem como reduziu temporariamente os volumes de exportações em diversos setores de atividade. Com isso, depois de muitos anos de crescimento acima de 20%, tivemos um ano com um crescimento de cerca de 10%, o que não é ruim, se analisarmos um ano de PIB negativo de 0,6%. Porém em 2010, houve uma retomada dos negócios de logística e, a venda de veículos pesados voltou com muita força. No transporte aéreo, o mercado está crescendo 25%, o que pode ser considerado bem aquecido, mas a TRIP, que ainda é uma média empresa e, explora segmentos regionais não atendidos ou sub-atendidos, recebeu muitas aeronaves nesse período e está crescendo cerca de 60% sobre 2009. Conforme Décio Luiz Chieppe, diretor de Administração e Finanças da Holding do Grupo Águia Branca a expectativa é fechar o exercício com 33% a mais de faturamento e, recuperação das margens, não ainda para os níveis de 2008, mas uma boa retomada. “O Grupo Águia Branca tem expandido sua operação para todo o Brasil, mas ainda tem o ES como o Estado com maior representatividade nos negócios”.

Mercado que exige eficiência
“A existência de um mercado cada vez mais exigente requer eficiência do setor de serviços” é o que afirma o diretor da Dikma Terceirização Estratégica, Djalma Quintino Malta. Ele conta que o cenário que se vê, não só para 2011, mas daqui para frente, é de que haverá crescimento em todas as áreas. “Mas vale a pena pontuar que será necessário que haja um acompanhamento daquilo que o mercado espera. Hoje temos a confiança de nosso cliente e isso contribui para que possamos conduzir os investimentos”. Djalma conta que acredita que em todas as áreas, em cada metro quadrado, em 2011, haverá demanda por serviços.

Concorrência agita o mercado publicitário no início do ano
O mercado publicitário já começa o ano com uma concorrência promovida pelo Governo do Estado, que lançou o edital para licitar agências no final de 2010. Para o presidente do Sinapro-es (Sindicato das Agências de Propaganda do Espírito Santo) Luíz Roberto a inciativa veio em boa hora e fez a virada do ano ficar bem movimentada para o segmento. Ele adiantou ainda que, em 2011, serão realizadas ações definidas nos fóruns de discussão do Sindipro, como a contratação de um consultor que vai dar uma boa base em gestão de cursos e treinamentos, entre outros projetos. “Estou otimista que será um ano muito proveitoso”, disse.

Petróleo e Gás deve alavancar crescimento
Para o ano de 2011 a boa aposta é quanto ao setor de petróleo e gás que deve se consolidar ao longo do ano, sendo responsável pelo aumento de capacidade produtiva dentro do Estado. De acordo com a diretora do Instituto Jones dos Santos Neves, Ana Paula Vescovi, o andamento de projetos de investimentos importantes, como por exemplo a fábrica da WEG e várias unidades vão movimentar várias cadeias produtivas. Ela descreve que o o setor de petróleo e gás assim como a construção civil puxarão o setor de serviços como um todo. “Já quanto o varejo, 2010 foi um ano de recuperação frente a crise. Em 2010 esse setor deve apresentar um crescimento de 9% em relação a 2009. Agora para 2011 a gente observa que devido um cenário mais inflacionário, mesmo que contido pela política monetária, pode ocorrer queda no consumo. Mas a inflação também contém a confiança que é fundamental para você tomar crédito”. Quanto aos commodities Ana Paula explica que houve recuperação nos preços e isso vai favorecer o Estado e o Brasil em 2011. “O que acontece que a crise financeira aqui exerceu uma pressão em termos de queda preços das comodities de 2009, principalmente essa crise não está toda resolvida, portanto tem que haver um monitoramento sobre o andamento mundial”.

Construção civil em alta em 2011
Na avaliação do presidente do Sinduscon, Constantino Dadalto, a expectativa é de que 2011 seja um ano marcado por um grande número de lançamentos imobiliários, principalmente de unidades dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida que deverá passar por algumas mudanças. Com o lançamento de 8.727 unidades, quantidade 152% superior do ano passado, a Grande Vitória totalizou 32.336 unidades em construção. Os números apontam que depois da crise financeira mundial, o mercado imobiliário capixaba expandiu. O presidente do Sinduscon, Constantino Dadalto relata que a construção civil capixaba vai fechar o ano com um crescimento de 11%, quase o dobro da média nacional que será de 6%. “O efeito do Minha Casa, Minha Vida, no mercado, foi intenso. O programa puxou a demanda por imóveis de dois quartos. Das 16.225 em obra, 12.347 foram comercializadas”. Nessa onda de valorização, as regiões em crescimento, como a Serra, mostraram bom desempenho e devem continuar em 2011, assim como a região da Grande Laranjeiras. Cariacica já tem atraído investimentos. Campo Grande surpreendeu com aumento significativo de 20,5% no valor do metro quadrado de suas unidades de dois quartos.

Industria capixaba prevê crescimento acima da média nacional
O ano de 2010 bateu os recordes para a indústria capixaba. Os últimos dados da indústria divulgados pelo IBGE em 2010, relativos aos resultados da produção física industrial até outubro deste ano revelaram que o Estado cresceu 26,7% em comparação com o mesmo período de 2009. Isto é mais que o dobro da média nacional do mesmo período (out2009-out2010), que ficou em 11,8%. Devemos fechar os últimos dois meses de 2010 com um crescimento industrial acima de 20% e com o PIB do Espírito Santo atingindo a marca dos dois dígitos. Conforme Lucas Izoton, em 2011, a expectativa é que industria capixaba se mantenha acima da média nacional.
Devemos manter em 2011 um crescimento da produção física industrial bem acima da média brasileira e continuaremos gerando mais emprego e desenvolvimento. “Devemos continuar fazendo um grande mutirão para a capacitação profissional em nosso Estado através dos centros integrados SESI/SENAI/IEL e também com o apoio de várias outras entidades capixabas de fora do Sistema Findes. Devemos manter este ambiente econômico de otimismo e de boa competitividade, pois estes foram alguns dos principais fatores que permitiram a recuperação da economia capixaba após a crise econômica mundial de setembro de 2008”, disse destacando também a importãncia no investimento nas micro e pequenas empresas capixabas que representam quase 90% das indústrias e cerca de 50% de todos os empregos no Espírito Santo.

Economia forte igual a varejo forte
O comércio experimentou um ano de forte retomada econômica em relação a 2009. Houve um pós-crise muito positivo onde houve aumento de potencial de consumo que foi favorecido por uma política que permitiu uma recuperação notável. Para Denilson Queiroz, gerente da Eletrocity, a queda do IPI foi muito importante para este aquecimento. “Para se ter uma ideia nós da Eletrocity tivemos um crescimento de vendas de 32% em relação a 2009. Fizemos o dever de casa. Agora para 2011 trabalharemos muito e já temos a expectativa aumentar esse percentual em mais 15%. Para isso, o setor espera que o próximo Governo mantenha a política econômica e o Espírito Santo se mantenha ativo no que tange à geração de emprego, renda, atração de investimentos e infraestrutura”. Ele finaliza dizendo que se houver políticas monetárias favoráveis o setor continuará refletindo positivamente gerando ótimos resultados.

Governo terá investimento menor em 2011
O governo Estadual terá muitos desafios em 2011, entre eles o de encontrar solução para assuntos que são ameaçadores ao Estado e à sua economia, como o repasse dos royalties aos capixabas. O novo governador Renato Casagrande conta que terá de encontrar uma proposta que una e fortaleça todas as unidades federativas e que não cause prejuízo. “Temos como desafio uma economia global fragilizada, de países da Europa e norte-americana das quais somos dependentes no comércio internacional. Com isso teremos macrodesafios e desafios que são a prestação de serviços mais qualificados e a busca de resultados, especialmente no combate à criminalidade”.

Para 2011 o governo Estadual contará com orçamento reduzido de R$ 1 bilhão em investidos em 2010 e 2009, para cerca de R$ 670 milhões. “Manteremos o equilíbrio fiscal, uma máquina organizada, caminhando sempre na direção do aprofundamento da profissionalização da gestão do Estado. Vamos continuar a investir na Grande Vitória, mas vamos levar investimentos para o interior do Estado. Quero chegar em 2014 contribuíndo para que empreendimentos importantes para o Estado relacionados à infraestrutura sejam resolvidos. Eu posso ter outros desafios, mas esses, que são velhos conhecidos dos capixabas”. Casagrande descreve que quer chegar em 2014 com um Estado equilibrado, com capacidade de investimentos e com a população respeitando o governador e o governo.

Royalties: desafio para a bancada capixaba
“Um 2011 de muito trabalho”, esta é a expectativa do deputado federal Audifax Barcelos para 2011. Ele conta que assume a vaga no dia primeiro de janeiro de 2011 com a meta de contribuir com o desenvolvimento do Estado afim de toná-lo mais competitivo. “Vamos cobrar e buscar recursos com o Governo Federal para o investimento em obras estruturantes, algumas previstas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), tais como as obras de duplicação da BR 262, a dragagem da Baia de Vitória que ampliaria a competitividade do Porto de Vitória e outros portos no litoral capixaba”. Audifax relata que pretende lutar juntamente com a bancada capixaba por verbas para a construção de uma ferrovia que ligue o Espírito Santo ao Rio de Janeiro e Bahia, visando melhorar o aporte logístico Estadual. “O ano que se inicia será muito importante para a política do Espírito Santo pois a bancada capixaba terá de se unir para lutar para que o Estado não seja prejudicado com a implantação de novo modelo de partilha dos recursos do pré-sal e garantir para nós os nossos royalties. Para isso as expectativa são ótimas”, finalizou.

Turismo aquecido em 2011
O ano de 2010 apresentou um cenário positivo de crescimento ocasionado pelos investimentos do governo em regiões de grande vocação turística no Estado. Conforme o presidente do Conventions Visitors Bureau das Montanhas, Vadeir Nunes, as expectativas para 2011 são muito boas com a finalidade de dianamizar mais ainda o setor. “Espero que o próximo Governo continue os trabalhos desenvolvidos e aguardamos um 2011 promissor”, declarou.

Setor de comunicação espera crescimento
Um 2011 de muitas perspectivas para o setor de comunicação tanto no Estado quanto no Brasilo. O diretor-geral da Rede Gazeta, Carlos Lindenberg Neto (Café), destaca que nos cenários traçados para o próximo ano, haverá necessidade de ajustes na economia que poderão influenciar o desempenho do setor. “Acreditamos que, apesar dessa perspectiva, haverá crescimento real no faturamento do setor e manteremos um plano robusto de investimentos, principalmente na implantação da TV Digital, em melhoria da qualidade dos produtos impressos, em novas mídias e na qualificação de nosso pessoal”, relatou. Com relação ao cenário estadual, Café avaliou que a aposta é na continuidade do vigor da economia local, devido à crescente diversificação ao crescimento do setor de energia (petróleo e gás) e commodities.

 

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