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domingo, 28 abril, 2024

14 em cada mil brasileiros são doadores regulares de sangue

Número indica que 1,4% da população doa sangue regularmente, o que coloca o país dentro dos parâmetros definidos pela OMS

Por Redação [Agência Brasil]

Dados do Ministério da Saúde mostram que, atualmente, 14 em cada grupo de mil brasileiros são doadores de sangue no Sistema Único de Saúde (SUS). Isso significa que 1,4% da população doa sangue regularmente, o que coloca o país dentro dos parâmetros definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda que o índice se mantenha entre 1% e 3%. Em 2022, 3,1 milhão de coletas de sangue foram contabilizadas no Brasil.

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No Dia Mundial do Doador de Sangue, lembrado nesta quarta-feira (14), o ministério reforçou a importância de ampliar o número de doadores para manter os estoques do país regulares, sem risco de desabastecimento. A coordenadora-geral de Sangue e Hemoderivados, Joice Aragão, reforçou que cada doação pode ajudar a salvar até quatro vidas.

“É importante lembrar que a doação de sangue é um ato voluntário, altruísta e não remunerado.”

Com a mensagem “Quando você doa sangue ajuda a salvar muitas vidas, doe sangue regularmente”, a pasta lançou nesta quarta-feira (14) uma campanha para conscientização sobre a importância da doação. O ministério alerta que este período do ano costuma registrar baixa nos estoques de sangue, devido à proximidade das férias escolares e das festas juninas, além da mudança de estação, com a chegada do inverno. “Isso tem um impacto na assistência como um todo”, ressaltou Joice.

“O sangue é muito importante para os atendimentos de urgência, a realização de cirurgias de grande porte, o tratamento em pessoas com doença falciforme e talassemias, por exemplo, doenças oncológicas variadas que frequentemente necessitam de transfusão.”

Coleta segura

Na rede pública, todo sangue coletado é testado e só é liberado para uso após ter a segurança comprovada. Além da sorologia, 100% da coleta passa por um teste desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), que reduz a chamada janela imunológica para HIV, hepatites C e B – tempo em que o vírus já está presente no doador e ainda não foi possível detectá-los.

Recentemente, segundo o ministério, a malária também passou a ser incluída como novo alvo de detecção. O próximo passo, segundo a coordenadora-geral, deve ser a inclusão da testagem para hepatite E. O país possui, atualmente, 2.097 serviços de hemoterapia, que incluem serviços como coleta, hemocentros, hemonúcleos, unidades de coleta e transfusão e agências transfusionais.

Requisitos básicos

Para doar, é preciso ter entre 16 e 69 anos; pesar, no mínimo, 50 quilos; não ter ingerido álcool nas últimas 12 horas; e estar em boas condições de saúde.

Hemobrás

Atualmente, a importação de medicamentos para atender a pacientes com hemofilia e outras doenças relacionadas à coagulação sanguínea supera a cifra de R$ 1,5 bilhão ao ano. Em nota, o ministério destacou que o pleno funcionamento da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) configura “um passo fundamental” para o Brasil reduzir a sua dependência externa no setor de derivados do sangue e biotecnologia.

“O recolhimento do plasma excedente nos serviços de hemoterapia em 2022 foi de aproximadamente 100 mil litros e a previsão, para 2023, é ultrapassar 150 mil litros. Para o próximo ano, a expectativa é coletar mais de 200 mil litros”, informou a pasta.

PEC

Também em nota, o ministério se posicionou contrário à Proposta de Emenda à Constituição nº 10 de 2022, que pretende alterar a Constituição para autorizar a coleta e o processamento de plasma humano pela iniciativa privada. “Se aprovado na forma como está, pode causar prejuízos para a Rede de Serviços Hemoterápicos no Brasil e para o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados”.

“Caso a PEC 10/22 seja aprovada, o incentivo financeiro para doações de componentes sanguíneos e as campanhas mercadológicas pelo comércio de plasma poderão refletir na diminuição de doações voluntárias para a rede pública de saúde, afetando os atendimentos. Além disso, a desestruturação da cadeia de suprimentos na rede pública pode impactar na capacidade de oferta de sangue para regiões mais remotas e até em grandes centros – inclusive, o sangue coletado no Brasil poderá ser enviado para outros países, desabastecendo o mercado nacional.”

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