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terça-feira, 23 abril, 2024

11 de setembro: Mais de 1 mil vítimas do atentado ainda não foram identificadas

Mesmo com toda a tecnologia disponível, médicos forenses encontram dificuldades para identificá-las

Há 17 anos, o 11 de setembro se tornou um pesadelo para muitos norte-americanos. O grande atentado às Torres Gêmeas, em Nova York, deixou milhares de mortos e até hoje 1.111 vítimas não foram reconhecidas, mesmo com o esforço da equipe forense que trabalha no caso.

Entretanto, em um laboratório de Manhattan, uma equipe trabalha incansavelmente de domingo a domingo, com a ajuda dos últimos avanços tecnológicos.

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O trabalho é minucioso, pois todos os fragmentos de ossos são analisados. “O osso é o elemento biológico mais difícil de trabalhar para recuperar o DNA”, explicou o vice-diretor de Biologia Forense no Instituto Médico Legal de Nova York, Mark Desire.

11 de setembro: Mais de 1 mil vítimas do atentado ainda não foram identificadas
O vice-diretor de Biologia Forense no Instituto Médico Legal de Nova York, Mark Desire – Foto: Angela Weiss / AFP

Mark informou também que alguns fatores podem dificultar ainda mais a identificação dos ossos. “O fogo, a umidade, as bactérias, a luz do sol, o combustível dos aviões que bateram nas torres do World Trade Center, tudo isso destrói o DNA”, disse.

Vale destacar que muitos dos ossos foram analisados por 10 a 15 vezes, mas a equipe não desiste. Até o momento, 1.642 das 2.753 pessoas mortas nos ataques foram formalmente identificadas.

Reconhecimento

Mark Desire é o único que permanece na equipe forense desde o atentado em 2001. Mas ele não desiste e se emociona quando lembra de tudo. “Isso marcou a minha carreira”, contou.

A especialista forense do laboratório, Verónica Cano, também afirma que é impossível não se emocionar quando há o reconhecimento de uma das amostras. “Somos treinados para nos protegermos”, mas isso nos afeta igualmente, porque é algo que abala todo mundo, de uma maneira ou de outra”, disse.

11 de setembro: Mais de 1 mil vítimas do atentado ainda não foram identificadas
Homem observa os escombros do ataque do avião da United Airlines 175 – Foto: Doug Kanter / EPA

Fundadora da associação “Vozes do 11 de setembro”, Mary Fetchet perdeu seu filho de 24 anos, Brad, nos atentados. Ela explicou que quando há o reconhecimento da vítima, a sensação é ruim, mas ai mesmo tempo importante.

“Quando anunciam para você, te levam de volta àquele dia, à maneira horrível como morreram, mas também é reconfortante, porque pode oferecer um verdadeiro enterro a quem ama”, explicou Mary.

Relembre o atentado

Um avião da United Airlines 175 se chocou contra a Torre Sul do World Trade Center, em Nova York, no dia 11 de setembro de 2001. Essa é considerada a maior tragédia enfrentada pelos Estados Unidos.

O primeiro avião colidiu às 8h46 da manhã. Após 20 minutos, outra aeronave também atingiu a outra torre. O terceiro avião atingiu o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos EUA, que fica próximo a Washington D.C., capital do País. Desta forma, a possibilidade de um acidente foi totalmente descartada.

Pessoas corriam pelas ruas, outras estavam mortas, enquanto outras se atiravam das janelas do prédio. Às 10h30min, as Torres Gêmeas estavam completamente desmoronadas.

De acordo com investigações, o grupo responsável pela ação foi o Al Qaeda. Comandados por Osama bin Laden, os integrantes da organização terrorista islâmica sequestraram os aviões que matou cerca de 3 mil pessoas, entre elas passageiros das quatro aeronaves, bombeiros, funcionários do Pentágono, pessoas que trabalhavam nas torres e 19 terroristas.

 

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