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sexta-feira, 29 março, 2024

Volta às aulas: como está a educação particular no Espírito Santo?

Volta às aulas: como está a educação particular no Espírito Santo?O Espírito Santo registrou, em 2009, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) a 5ª melhor posição do País nos primeiros anos do Ensino Fundamental e a 4ª colocação para os anos finais. No Ensino Médio, o Espírito Santo aparece em 3º colocado. Ante resultados tão favoráveis, o presidente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Estado (Sinepe/ES), Antônio Eugênio Cunha, fala da situação atual do ensino privado e dos investimentos que vêm sendo realizados.

1- Qual o panorama atual do ensino particular na Grande Vitória?
A educação privada da Grande Vitória e do Espírito Santo evolui e melhora constantemente. Essa afirmativa é comprovada a partir dos indicadores oficiais divulgados pelo Ministério da Educação, pelos indicadores dos órgãos internacionais, como o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), e ainda pelo desempenho do Enem. A rede privada investe permanentemente em tecnologias educacionais, em qualificação dos seus profissionais, melhorias em suas infraestruturas e promove avaliação constante de seus processos. Como conseqüência, os alunos egressos da rede particular são os que conquistam as melhores oportunidades no mercado de trabalho e que estão prontos para prosseguirem nas suas formações posteriores.

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2- Em 2011, cerca de 3.000 alunos devem migrar da rede particular para a rede pública de ensino. A que o senhor atribui este fato?
Essa é uma afirmativa da Secretaria de Educação que ainda deve ser verificada. No entanto, observamos que realmente existe um fluxo de alunos para a rede pública. A primeira avaliação é semelhante aos anos anteriores, nos quais o motivo maior foi a dificuldade financeira encontrada pelas famílias de cumprirem o contratado junto às escolas e o maior controle da inadimplência desenvolvido pelas instituições privadas. E mais ainda, a família começou a planejar seus gastos e aprendeu a acompanhar o orçamento familiar. Vale ressaltar que esse fluxo diminui ao longo do tempo e ocorre no ensino básico, ao contrário do ensino superior, no qual o número de matrículas aumenta na rede privada.

3- Especialistas apontam aumento na mensalidade escolar entre 11% e 15% no Espírito Santo. O que justifica tal reajuste?
A faixa, na realidade, vai de 6% a 15%, e os motivos são vários. Como exemplo podemos citar:
1) o aluguel, a energia e a telefonia, que são serviços que sofrem reajuste pelo IGPM ou por autorização de agências reguladoras; 2) o aumento salarial dos funcionários; 3) os investimentos em laboratórios e novas tecnologias educacionais, e 4) a ofertas de novos serviços, impostos etc. É muito importante verificar que a educação evolui frequentemente e precisa a todo instante de novas ferramentas e de novos processos, e essas ações geram custos.

4- Apesar do aumento nas mensalidades e da migração de muitos alunos para a rede pública, ainda é grande a procura pelo ensino particular. Em sua opinião, porque as famílias fazem essa opção?
A educação é o grande investimento para o desenvolvimento de pessoas e, consequentemente, de uma sociedade. Sem educação não há crescimento nem progresso. As famílias observam essa condicionante e, por isso, investem em uma educação de melhor qualidade e focada nas melhores tecnologias, e quem proporciona essa realidade é a escola privada. O setor privado é assim no mundo inteiro, é uma opção diferenciada da rede de ensino. É muito importante afirmar que educação é um direito de todo cidadão e, portanto, é obrigação do Estado ofertar uma boa educação. O setor privado que faz parte dessa rede apenas exerce essa determinação.

5 – O cenário econômico favorável no Estado contribui para a vinda de novas famílias e o aumento pela procura por escolas particulares. As escolas estão preparadas para receber um número grande de alunos? Existem vagas?
Realmente o cenário econômico do Espírito Santo para o próximo decênio é muito bom, e o setor educacional privado acompanha o desenvolvimento do nosso Estado. Logo estaremos proporcionando oportunidades de vagas para os interessados além daquelas existentes pelo fluxo para a rede pública. Vale ressaltar que existem escolas que estão com todas as suas vagas ocupadas e ainda que o setor privado de educação básica é responsável por 28% das matrículas estaduais, enquanto o ensino superior é responsável por 80% da ocupação das matriculas. O mais importante é que a rede de ensino capixaba trabalha para a melhoria de nossa educação, para que seja possível realmente produzirmos um desenvolvimento sustentável e com maiores possibilidades de distribuição de renda.

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