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quinta-feira, 25 abril, 2024

Obras ambientais já estão em curso na Vale

As intervenções e as melhorias propostas no Plano Diretor Ambiental gerarão, ainda, novas oportunidades a fornecedores do Estado

Os investimentos ambientais da Vale na unidade tubarão já começam a ficar visíveis e a movimentar a economia do Espírito Santo. Anunciadas em um pacote de R$ 1,27 bilhão em agosto deste ano, as obras tiveram início e representam R$ 111 milhões em contratos já assinados, com cerca de 580 profissionais da Grande Vitória em atuação e previsão de cerca de 450 novas contratações entre o final deste ano e o primeiro semestre de 2019.

Entre as principais obras que já estão em andamento estão a instalação de canhões de névoa no pátio de pelotas, o fechamento inferior do píer de carvão e o enclausuramento da baia de insumos da Usina 8. Nos próximos cinco anos, estão previstas diversas ações, como a instalação de quatro novas barreiras de vento (wind fences) e o fechamento e/ou adequação de 40 km de correias transportadoras.

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Entre os serviços mais demandados para as próximas etapas, estarão a fabricação de caldeiraria e estruturas metálicas, montagem eletromecânica e obras civis. Em dezembro, a Vale vai apresentar às principais entidades empresariais do Espírito Santo as oportunidades de contratos futuros para fornecimento de materiais e serviços.

Obras ambientais já estão em curso na Vale
O diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Vale, Sérgio Leite (Fotografia – Renato Cabrini)

“Os setores de metalmecânica e de construção civil do Espírito Santo já se mostraram competitivos e capazes de executar obras desse porte. A Vale acompanha com atenção a participação das empresas locais no fornecimento de produtos e serviços. Em média, 55% das compras da Vale para as operações no Espírito Santo são realizadas com empresas instaladas em solo capixaba. Vamos apresentar o Plano Diretor Ambiental para que as empresas possam identificar as oportunidades de negócios e ampliar ainda mais esse índice”, destaca o diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Vale, Sérgio Leite.

Compromisso e tecnologia

O Plano Diretor Ambiental de Tubarão tem o objetivo de reduzir ao máximo as emissões de poeira na Unidade Tubarão. Ele prevê ações que atendem às recomendações do Plano de Metas da Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb), do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) e dos Ministérios Públicos Estadual e Federal, focadas em tratar as fontes de emissões difusas, provenientes da movimentação de produtos em pátios, correias transportadoras, píeres e usinas.

O investimento – recorde da empresa na questão ambiental – reduzirá gradativamente as emissões difusas de poeira em 93% até 2023, considerando inventário de fontes do Iema, de 2010.

Em setembro deste ano, a Vale oficializou seu plano de investimentos ao assinar um novo Termo de Compromisso Ambiental (TAC) com o Ministério Público Federal, com o Ministério Público Estadual, com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e com o Instituto Estadual de Meio Ambiente. Esse novo termo representa um avanço nos investimentos e resultados para redução de poeira alcançados pela Vale nos últimos 10 anos.

Com os investimentos feitos até o momento – que somam cerca de R$ 1 bilhão – os equipamentos e processos da unidade tubarão – como wind fences e precipitadores das usinas – já se encontram entre as chamadas Melhores Tecnologias Práticas Disponíveis (MTPD), de acordo com o relatório elaborado pela Cetesb, pelo Iema e pelos ministérios públicos, o que reafirma a eficiência dos controles ambientais instalados nos últimos anos, também através de um termo de compromisso.

Obras ambientais já estão em curso na Vale
O diretor de Pelotização e Managuês da Vale, Claudio Alves (Fotografia – Renato Cabrini)
Contribuição para o Espírito Santo

De janeiro a setembro deste ano, a Vale desembolsou R$ 5,1 bilhões com suas operações no Espírito Santo. As compras com empresas locais alcançaram R$ 1,5 bilhão no período. Responsável por cerca de 13% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, a empresa mantém 10,9 mil empregados entre próprios e terceirizados.

A produção de pelotas em Tubarão entre janeiro e setembro foi de 24,5 milhões de toneladas. Já a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) movimentou 101,1 milhões de toneladas no período, sendo 86,1 milhões de toneladas de minério de ferro e 15 milhões de toneladas de carga geral. O Porto de Tubarão movimentou 74,6 milhões de toneladas de minério de ferro. “O minério de ferro é o principal produto exportado pelo Espírito Santo, responsável por cerca de 30% das exportações”, aponta o diretor de Pelotização e Manganês, Cláudio Alves.

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