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terça-feira, 16 abril, 2024

Copom começa a definir taxa Selic nesta terça-feira (19)

O anúncio do valor acordado será feito nesta quarta-feira (20), após nova reunião

Nesta terça-feira (19), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inicia a discussão para definir o valor da taxa básica de juros, a Selic. A decisão será anunciada nesta quarta-feira (20), após segunda parte da reunião.

De acordo com a Agência Brasil, o BC considera a meta de inflação, que é de 4,5% neste ano, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25% com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

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Já para o mercado financeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vai fechar o ano abaixo do centro da meta, em 3,88%. Para 2019, a estimativa é 4,10%.

A taxa Selic é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Para que ela seja reduzida, o BC precisa ter certeza de que os produtos comercializados não ficarão acima da taxa de juros.

Já o aumento da taxa tem o objetivo de conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Análise

Para o professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), George Sales, o índice deve se manter em 6,5% até o fim do ano. “Isso se deve pela baixa na inflação do IPCA e, também, pela diminuição da atividade econômica com estimativa do PIB abaixo de 2%”, completa.

A Taxa Selic tem interferência direta na economia do país. “A taxa básica de juros é o número base utilizado para captação de recursos e, consequentemente, para formação do Spread Bancário. Dessa forma, uma taxa de juros baixa ajuda aos empresários e aos consumidores. Estudos revelam que a redução das taxas pelas instituições financeiras está com uma defasagem temporal de 12 meses”, explica o Professor.

Sobre o impacto nos investimentos, Sales diz que a poupança, pela nova formatação do rendimento, sofre redução conforme há diminuição da Selic, já que o cupom de juros é formado por 70% da taxa Selic mais a taxa referencial (TR).

Em relação aos investimentos, o professor explica que a formação de poupança é estimulada com uma maior taxa de juros. Contudo, no caso dos brasileiros, outros fatores são primordiais para essa atratividade. Um exemplo são as alocações em investimentos isentos de Imposto de Renda para pessoa física oriundos do agronegócio e, também, do setor imobiliário.

Para o consumidor final, o especialista diz que a oscilação da taxa de juros pode ser uma ameaça ou oportunidade. “A Selic variando de 14,25% para 6,50%, em um curto espaço de tempo, provoca oscilações em títulos pré-fixados, ou títulos com cupom de juros pré-fixado”, finaliza George Sales.

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