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terça-feira, 19 março, 2024

Sustentabilidade se constrói com ética, leis e investimentos em tecnologias inovadoras

Investir em ações de proteção ambiental, transparência, fiscalização do poder público, entre outras, auxiliam em modificar a visão da sociedade

Com o agravamento das questões ambientais, com destaque para as mudanças climáticas, a cada dia fica mais claro que, para tornar as atividades socioeconômicas sustentáveis é fundamental criar novos hábitos e valores para todos os atores sociais, baseados no respeito às leis, tendo a ética como pressuposto básico, órgãos ambientais cumprindo de fato seus papéis e, principalmente, havendo por parte dos empreendedores consciência do cumprimento do que lhes cabe em razão dos impactados causados por suas atividades; e, realizando para isto os investimentos necessários para a adoção de tecnologias inovadoras, que levem efetivamente ao melhor controle da poluição que geram. E isto não é favor algum e sim, obrigação!

Investimentos em proteção ambiental, transparência, participação social e fiscalização pelo poder público, são atitudes necessárias e positivas, que ajudam a modificar a visão da sociedade sobre muitos setores produtivos

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Razão pela qual, com certeza, a população do Espírito Santo recebe com esperança e alegria a notícia de um significativo investimento na área ambiental pela Cia. Vale do Rio Doce, especialmente os moradores da Grande Vitória, que anseiam há anos e anos com um horizonte na questão do controle da poluição, principalmente do famoso, incomodante e desnecessário “Pó Preto”.

Além disso, evitam-se impactos desnecessários sobre os ecossistemas e problemas para as pessoas, especialmente de saúde, o que leva a gastos elevados dos já escassos recursos públicos, além dos pagamentos de benefícios previdenciários para muitos trabalhadores, pelos efeitos da poluição.

Sendo importante ter, no caso desses investimentos de grande vulto, o acompanhamento de entidades com credibilidade na sociedade, entre as quais instituições de ensino superior, entidades da sociedade civil, conselhos regionais profissionais e afins, além do ministério público e da fiscalização, no que couber, aos órgãos e instituições públicas competentes, visando garantir que o que se propõe seja feito e, que as consequentes melhoras no meio ambiente e na qualidade de vida da população, sejam aferidas com total transparência – o que é bom para a empresa e ótimo para a sociedade, pois se constrói credibilidade.

Investimentos em proteção ambiental, transparência, participação social e fiscalização pelo poder público, são atitudes necessárias e positivas, que ajudam a modificar a visão da sociedade sobre muitos setores produtivos, em geral, vistos pela forma imediatista, utilitarista e descomprometida para com a sociedade e o meio ambiente, ao produzirem.

Portanto, buscar sustentabilidade tornou-se questão obrigatória, tanto para a sobrevivência humana, quanto para o funcionamento das próprias atividades empresariais.  Uma vez que, o desenvolvimento econômico ainda, em muitos segmentos, acarreta mais degradação ao ambiente e poluição que deveria, o que reflete negativamente na própria atividade econômica que acaba sendo pressionada pela população, pela mídia e pelos órgãos ambientais; e, tendo seus produtos rotulados como de origem poluidora, pela utilização abusiva dos recursos naturais e ausência do respeito devido às pessoas.

Hoje, proteção ambiental, é questão preponderante para haver qualidade de vida, bem como permitir que as próprias empresas ao serem sustentáveis, se tornem mais viáveis e competitivas, diante de mercados cada vez mais conscientes de que devem consumir, preferencialmente, produtos de origem sustentável.

Assim, harmonizar as atividades econômicas com a proteção ambiental e os interesses da sociedade é elemento indispensável para o funcionamento cada vez melhor da economia, que atualmente tanto necessita crescer, para gerar renda, empregos e, principalmente, certeza de futuro sustentável para as gerações atuais e vindouras.


Luiz Fernando Schettino Professor de Ecologia e Recursos Naturais da UFES

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