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quarta-feira, 24 abril, 2024

Sucessão: um dos maiores desafios da empresa familiar

A passagem do bastão de uma geração para a outra pode ser um momento traumático para a empresa, mas, às vezes, é necessária

A sucessão é uma das maiores causas do alto grau de mortalidade das empresas familiares. A passagem do bastão de uma geração para a outra pode ser um momento traumático para a empresa, dado ao risco de os valores do fundador se perderem e de os conflitos familiares dragarem o valor do negócio.

A sucessão não é um evento único, que ocorre no momento da troca do comando. Ela é um processo, que se inicia com o preparo dos sucessores e sucedidos, e que se finaliza com a efetiva transferência do poder entre as gerações.

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Muitas vezes esse tema não é abordado de maneira profunda, principalmente pelo sucedido, porque significa trazer à discussão a questão da finitude, do fim da vida, o que leva à evitação e à instauração de uma verdadeira conspiração do silêncio, em que o assunto não é abordado abertamente entre todos os envolvidos.

Por isso, um dos aspectos que costuma ser negligenciado, e que não deveria, é o enfoque no sucedido. Não se trata simplesmente de se preparar um filho para ocupar a posição do pai, mas também de entender que para esse pai é um momento difícil e, que portanto, novos caminhos precisarão ser construídos. Se o sucedido não tiver um plano que o estimule, a sua retirada poderá ser um grande sofrimento, tornando penoso o processo sucessório.

O planejamento sucessório contempla várias etapas e requer ações de responsabilidade do sucessor e do sucedido, por isso uma discussão importante é quanto à escolha de um membro da família ou de um profissional de mercado. Primeiramente, é preciso estabelecer o perfil do futuro CEO e das próximas lideranças, considerando as perspectivas atuais e futuras do negócio, além de aspectos comportamentais e técnicos. Os critérios de avaliação precisam ser definidos de forma clara e objetiva.

O preparo dos possíveis sucessores também é fundamental, sendo recomendado que a família empresária tenha instituído um plano de desenvolvimento de herdeiros, que preparará as gerações mais novas não só para as posições de liderança, mas para que também possam ser bons acionistas mesmo quando não atuarem nos negócios. Por fim, o planejamento sucessório deve contemplar o preparo do sucedido, como já dito, além dos demais familiares e dos colaboradores da empresa. Ter o envolvimento do conselho de administração nesse processo é muito valioso.

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