De acordo com especialistas, é importante que o diálogo sobre o futuro das novas gerações na empresa seja iniciado o mais cedo possível
Por Adriano Salvi
As empresas de controle familiar representam uma locomotiva na economia mundial. De acordo com o Sebrae, apenas 30% das empresas familiares chegam à segunda geração e somente 15% à terceira.
A consultora da Vix Partners, Danielle Quintanilha, afirmou que o maior problema das empresas familiares é a falta da sucessão. “Os pais normalmente não falam sobre a sucessão familiar. Afinal de contas, muitos deles não pensam na aposentadoria ou em abrir mão da posição de principal liderança. E os filhos se sentem constrangidos em tocar nesse assunto”, destacou.
Já o consultor da Vix Partners, Adriano Salvi, acredita que os responsáveis por empresas familiares têm dificuldade em preparar seus possíveis sucessores. “É fundamental que desde pequeno o herdeiro seja desenvolvido para desempenhar o papel de acionista”, diz.
Mas Danielle reforçou que “o ideal é que os elementos do processo de sucessão sejam inseridos desde a infância do herdeiro. Dessa forma, ao chegar à fase adulta, ele já estará apto para assumir os negócios da família”.
De acordo com os especialistas, o processo de sucessão não se resume apenas às ações de desenvolvimento dos sucessores: também deve envolver a preparação do sucedido.
“Assim como o sucessor precisa de um plano de desenvolvimento para se preparar para assumir a condução dos negócios, o sucedido precisa de um plano de vida, a ser implementado após a saída da posição de executivo da empresa”, finalizou a consultora Danielle Quintanilha.
Adriano Salvi é Conselheiro de administração certificado pelo IBGC, professor convidado da Fundação Dom Cabral e sócio da Vix Partners Cosnultoria e Participações e da UTZ Soluções para Empresas Familiares