23.3 C
Vitória
quinta-feira, 18 abril, 2024

STF aprova novo inquérito para investigar Temer

Investigar Temer: Caso envolve decreto editado pelo presidente que, supostamente, teve como objetivo beneficiar a empresa Rodrimar, que atua no porto de Santos.

Mais um episódio da série envolvendo o presidente da República esta semana. Um novo inquérito para investigar Temer foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (12). A autorização, atendendo a um pedido procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi dada pelo ministro Luís Roberto Barroso.

- Continua após a publicidade -

O caso envolve um decreto editado por Temer que supostamente teve como objetivo beneficiar a empresa Rodrimar, que atua no porto de Santos. O pedido de abertura de inquérito acabou sob o comando de Barroso, após Janot pedir que o caso fosse sorteado para um novo relator. O Procurador alegou não ter relação com os fatos apurados na Lava-Jato.

Facínoras

Na manhã de hoje, a Presidência da República reagiu à divulgação de relatório da Polícia Federal com suposto envolvimento de Michel Temer no grupo da Câmara Federal, apelidado de “quadrilhão”. Em nota enviada aos veículos de imprensa, nesta terça-feira (12), o Palácio do Planalto afirma que “facínoras roubam do país a verdade”.

O texto diz ainda que “bandidos constroem versões por ouvir dizer”, com o objetivo de garantir a própria impunidade ou “alcançar um perdão, mesmo que parcial, por seus inúmeros crimes”.

“Reputações são destroçadas em conversas embebidas em ações clandestinas”, diz ainda o
texto. Mas, o documento não cita diretamente nem a Polícia Federal, nem o corretor de
valores Lúcio Funaro. Em seu depoimento, Funaro disse que Temer autorizado caixa 2 para a campanha de Gabriel Chalita, em 2012.

O presidente também afirma que garantias individuais estão sendo “violentadas
diuturnamente sem que haja a mínima reação”. “Chega-se ao ponto de se tentar condenar pessoas sem sequer ouvi-las. Portanto, sem se concluir investigação, sem se apurar a verdade, sem verificar a existência de provas reais. E, quando há testemunhos, ignora-se toda a coerência de fatos e das histórias narradas por criminosos renitentes e persistentes”, disse.

O peemedebista afirma que “muda-se o passado sob a força de falsos testemunhos” e
que o país tem assistido, nas últimas semanas, a uma ameaça ao estado democrático de
direito no país.

“Vazamentos apresentam conclusões que transformam em crimes ações que foram
respaldas em lei: o sistema de contribuição empresarial a campanhas políticas era
perfeitamente legal, fiscalizado e sob instrumentos de controle da Justiça Eleitoral.
Desvios devem ser condenados, mas não se podem criminalizar aquelas ações corretas
protegidas pelas garantias constitucionais”, disse.

Segundo a conclusão da investigação feita pela Polícia Federal, há indícios de que o
presidente tenha recebido vantagens de R$ 31,5 milhões. Ele nega.

Confira íntegra da nota:

O Estado Democrático de Direito existe para preservar a integridade do cidadão, para
coibir a barbárie da punição sem provas e para evitar toda forma de injustiça. Nas
últimas semanas, o Brasil vem assistindo exatamente o contrário.

Garantias individuais estão sendo violentadas, diuturnamente, sem que haja a
mínima reação. Chega-se ao ponto de se tentar condenar pessoas sem sequer ouvi-las.
Portanto, sem se concluir investigação, sem se apurar a verdade, sem verificar a
existência de provas reais. E, quando há testemunhos, ignora-se toda a coerência de
fatos e das histórias narradas por criminosos renitentes e persistentes. Facínoras
roubam do país a verdade. Bandidos constroem versões “por ouvir dizer” a lhes
assegurar a impunidade ou alcançar um perdão, mesmo que parcial, por seus
inúmeros crimes. Reputações são destroçadas em conversas embebidas em ações
clandestinas.

Muda-se o passado sob a força de falsos testemunhos. Vazamentos apresentam
conclusões que transformam em crimes ações que foram respaldas em lei: o sistema de
contribuição empresarial a campanhas políticas era perfeitamente legal, fiscalizado e
sob instrumentos de controle da Justiça Eleitoral. Desvios devem ser condenados, mas
não se podem criminalizar aquelas ações corretas protegidas pelas garantias
constitucionais.

 

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Matérias relacionadas

Continua após a publicidade

EDIÇÃO DIGITAL

Edição 220

RÁDIO ES BRASIL

Continua após publicidade

Vida Capixaba

- Continua após a publicidade -

Política e ECONOMIA