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quinta-feira, 28 março, 2024

O que havia de fácil já fizeram antes. Sobraram os pepinos

Trata-se de “gelo nas veias”. Respiração profunda. Centralidade. Cabeça fria.

Pepinos. Sabe aquelas situações bem complicadas, de alto risco, em que todas as escolhas e soluções são de alto custo, realmente complexas? Que diante delas, a maioria das pessoas ficam sem pai nem mãe, sem entender o texto nem o contexto?

De repente, no seu horizonte de planejamento ou já no seu cotidiano, surge o imbróglio, o pepino, o abacaxi… Enfim, a bomba. Tudo ali, diante de você. E mesmo reunindo os que estão a sua volta, chamando os universitários, recorrendo às cartas e tudo mais, não surge uma luz, um ponto inicial de apoio, uma boia de salvação para começar a desenrolar o novelo.

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Não há manual para lidar com este tipo de situação complexa. Os termos da equação não estão conhecidos. As variáveis são múltiplas e independentes. Os modelos que você conhece são muito simples e não se aplicam a situações mais complexas. Não há tempo a perder. É preciso agir, e rápido, sob pena de grandes prejuízos.

O que fazer?

Nesse momento, constata-se, então, que o que você sempre chamou de “problema”, na verdade eram apenas escolhas entre alternativas já existentes. Agora, você tem de criar as alternativas que estejam à altura das complexidades e serem enfrentadas. E não há no que se espelhar.

Lidar com a complexidade exige, inicialmente, uma competência fundamental, sem a qual todas as possibilidades de encaminhamentos viáveis do problema se perdem no redemoinho de cabeças que mais se batem do que debatem. Trata-se de “gelo nas veias”. Respiração profunda. Centralidade. Cabeça fria.

Ser o último a entrar em parafuso é uma “skill” que se desenvolve pela vivência. Tendo sido provocado em uma quantidade razoável de situações desafiadoras, o couro fica duro e se adquire segurança para si próprio, o que a equipe percebe e passa a confiar na liderança. Claro, portanto, que não se prescinde nem de liderança nem de equipe motivada e engajada para equacionar o imbróglio, descascar o pepino, temperá-lo e preparar um refrescante e nutritivo suco de abacaxi.

Neste texto de estreia, vamos nos limitar a dar os contornos gerais do tipo de abordagem de problemas complexos ligados aos processos decisórios e à gestão a que nos propomos neste espaço. Lidar com questões concretas, com as dores do cotidiano da gestão, em um plano pragmático, objetivamente considerados.

Proposta

Vamos propor neste espaço, abordagens inovadoras de gestão, que buscam a decomposição de temas complexos identificando as diferentes naturezas da pluralidade de dimensões do mundo real. Questões de natureza jurídica vão interagir com medidas estatísticas de processos de gestão. Desafios de comunicação empresarial vão interagir com engenharia, compliance, demonstrações contábeis e fluxos de caixa, psicologia e gestão de recursos humanos.

Enfim, vamos expor um método vivencial, de elaboração de costuras temáticas inusitadas, adequadas para desnudar e reduzir as dimensões dos problemas complexos. Os pepinos de grosso calibre, a partir do estímulo à capacidade humana de raciocinar por categorias de análises. Assim, produzir conhecimentos novos nas organizações, estabelecer conexões interdisciplinares e construir relações hipotéticas novas, entre fenômenos aparentemente desconexos.

Marcelo Ferraz é advogado e executivo de Estratégia e Gestão

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