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quinta-feira, 25 abril, 2024

Severiano Alvarenga Imperial, do Sindiex, fala da queda das exportações no ES

Severiano Alvarenga Imperial, do Sindiex, fala da queda das exportações no ESO Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex) divulgou no dia 19 de novembro os índices do comércio exterior capixaba. Fortemente influenciadas pela crise econômica internacional, as exportações pelos portos do Espírito Santo registram um decréscimo de 21% no acumulado do ano até outubro. O presidente do Sindiex, Severiano Alvarenga Imperial, explica que o final de 2012 e início de 2013 prometem ainda mais desafios para o setor.

Ao longo do ano, as exportações capixabas registraram sucessivas quedas. A que se devem esses números negativos?

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Por ser um Estado produtor e exportador de commodities, a economia do Espírito Santo caminha lado a lado com o mercado internacional. A lenta recuperação dos Estados Unidos, a crise financeira na Europa e a redução da taxa de crescimento da China trazem graves consequências na pauta de exportações do Estado, que tem como principais produtos o minério de ferro, ferro e aço, celulose, petróleo, café e rochas ornamentais. Com exceção do mármore e do granito, todos os demais itens registraram queda de valor exportado nos dez primeiros meses deste ano.

O que está sendo feito para reverter essa situação?

Isso depende de uma série de medidas a serem tomadas pelo Governo Federal – visto que as exportações brasileiras tiveram 5% de decréscimo – e de recuperação da economia internacional. As empresas buscam voltar sua atividade produtiva para o mercado interno, que anda aquecido por conta das medidas de incentivo à produção brasileira.

No começo deste ano, já registrávamos queda nas exportações, mas as importações aumentaram. Na época, as previsões para 2012 no comércio exterior capixaba eram de estabilidade. Entretanto, agora o Espírito Santo registra queda também nas importações. O que foi determinante para que essas previsões não se concretizassem?

No caso das importações, há uma série de condicionantes. A começar pelo crescimento econômico brasileiro, que ficou abaixo da meta prevista pelo Governo Federal e deverá fechar o ano em, no máximo, 2%, enquanto a estimativa do Ministério da Fazenda era de 4% a 5%. Além disso, somam-se os incentivos da União para aumentar a competitividade da indústria brasileira. Nesse cenário entrelaçado, o Espírito Santo tem ainda mais um fator negativo: a aprovação da Resolução nº 13 do Senado Federal, que passa a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2013 e estabelece a alíquota de 4% nas operações interestaduais de produtos importados. Mesmo com as análises da Câmara de Comércio Exterior (Camex) e do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), há ainda dúvidas a respeito da operacionalidade da nova medida. Teremos que aguardar, assim como a posição do Supremo Tribunal Federal. No comércio exterior, 90 dias não significam nada. Os pedidos feitos hoje já serão tributados de forma diferente e não sabemos como isso, na prática, funcionará.

Quais são as perspectivas do setor para 2013?

Acredito que a economia global deverá se recuperar lentamente em 2013: a China deve manter o ritmo de crescimento em apenas uma casa (abaixo dos 8%) e a Europa deve continuar com elevado desemprego e baixo desenvolvimento. Como o comércio exterior brasileiro, assim como o do Espírito Santo, é muito dependente da Europa e da China, as perspectivas para 2013 não são tão favoráveis.

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