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sábado, 20 abril, 2024

Presidente do Conselho de Ética defende permanência de Aécio no Senado

‘Senado não concorda com afastamento de Aécio’ , diz presidente do Conselho de Ética, João Alberto Souza (PMDB/MA)

Eleito pela sexta vez para presidir o Conselho de Ética do Senado, João Alberto
Souza (PMDB/MA) saiu em defesa de Aécio Neves (PSDB/MG). Segundo ele, em relação ao pedido de cassação do mandato do tucano, não existe o mesmo “clima de pressão” ocorrido com Delcídio Amaral (ex-PT/MS).

“O que eu sinto é que o Senado não concorda com o afastamento do senador. Isso
eu tenho visto muito. Eles questionam por que afastar? Por qual argumento?”,
afirmou Souza.

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À reportagem do jornal Estado de São Paulo, Souza disse que ainda não analisou o requerimento da Rede e do PSOL contra o tucano baseado na delação da JBS. Mas, declarou incertezas. sobre o caso. “Pelo que tenho lido, tenho uma grande dúvida”. O senador vai aguardar análise da Advocacia-Geral do Senado antes de tomar qualquer providência sobre o pedido.

RETROSPECTIVA

Na mesma entrevista ao UOL, Souza apontou que nesses seis mandatos no Conselho de Ética, foram dois senadores cassados. Em 2012, Demóstenes Torres, e em 2016, Delcídio Amaral, em 2016. O que na avaliação do senador é uma alta ocorrência. “Nem mesmo quando o ex-senador Anon de Mello, pai de Fernando Collor, matou um outro senador
no plenário, foi cassado, em 1963.”

Souza apontou que o primeiro senador a ser cassado foi o Luiz Estevão, em 1999. “Na época disseram que aquela decisão iria abrir a porteira. Depois tivemos vários outros problemas que ocasionaram a renúncia antes da cassação. José Roberto Arruda, Jader Barbalho, Antônio Carlos Magalhães e Joaquim Roriz. Após uma decisão do Conselho, você não pode
renunciar. Pode, mas perde os direitos políticos. Então, o cuidado que nós temos é
que vem muita coisa para o conselho baseada em recorte de jornal Eu quero ver o
que tem de verdade.”

CASO AÉCIO

O presidente do Conselho afirma não ver semelhanças do caso de Delcídio com o de Aécio. “Eu não vi ainda. Vou ler, ver o que tem. De início, pelo que tenho lido, tenho uma grande dúvida. O STF decidiu o afastar. Mas e se amanhã o tribunal disser: “Não há nada contra o Aécio?” E estando perto aqui de uma cassação. Baseado em quê? É preciso ter cuidado. Não podemos ser açodados.

Sobre a existência de áudios, alegada pela PGR, de Aécio pedindo propina ao empresário Joesley Batista, Souza afirmou a necessidade de comprovação. “Primeiro é preciso saber se os áudios são verdadeiros. Porque o senador recorreu. Preciso antes permitir que ele se defenda para ver o que vou fazer. Ele alega que foi armação.”

O presidente do Conselho de Ética disse ainda que nenhum senador falou com ele sobre o assunto. “Nos outros processos aqui, todos os outros senadores se envolviam, conversavam
muito. Nesse processo do Aécio, eu garanto que quem tem provocado sou eu”. Souza afirmou que já conversou com Antonio Anastasia (PSDB/MG) e telefonou para Simone Tebet (PMDB/MS), que são juristas.

“É o tipo do processo, que a pressão é mais da parte de fora que de dentro do Senado. O que eu sinto é que o Senado não concorda com o afastamento do senador. Eles questionam: por
que afastar? Por qual argumento?”

Por fim, afirmou à reportagem do Estado de São Paulo, que não sabe o que irá acontecer. “Há um sentimento da Casa muito ruim a esse respeito. Agora mesmo estava conversando com um senador e a revolta dele é muito grande. Não pode.”

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