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terça-feira, 23 abril, 2024

Revogada decisão de anular sessão do impeachment

DEM e o PSD ingressam com representação contra Maranhão no Conselho de Ética, pedindo a cassação de seu mandato por abuso de autoridade.

O presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP/MA), revogou, no fim da noite desta segunda-fira (9), a polêmica decisão tomada pela manhã de anular as sessões da Câmara (dias 15,16 e 17 de abril) que autorizaram a abertura do processo de impeachment contra a presidente da República, Dilma Rousseff, sob alegação de que os partidos não poderiam ter orientado a votação; os deputados não poderiam ter anunciado seus votos previamente; e a defesa da presidente não poderia ter deixado de falar por último.

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Waldir Maranhão já havia inclusive pedido ao Senado Federal que o processo fosse devolvido à Câmara, mas o presidente do Senado, Renan Calheiros, anunciou que não atenderia o presidente da Câmara. “Aceitar essa brincadeira com a democracia seria ficar pessoalmente comprometido com o atraso do processo”, afirmou Renan ao decidir manter o processo no Senado. E o parecer da comissão especial do impeachment foi lido ontem mesmo no Plenário daquela Casa.

O 1º secretário da Câmara, deputado Beto Mansur (PRB/SP) criticou a decisão de anular as sessões do impeachment. “O presidente em exercício não consultou nenhum integrante da Mesa para tomar uma decisão desta, o que é um absurdo”, reclamou. Enquanto a deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ), da base governista, apoiou a decisão de Maranhão. “Quando ele acata parte do processo, ele comunica também por escrito, da mesma forma como foi pedido a ele, a anulação das sessões dos dias 15, 16 e 17 e já aponta que, em cinco sessões, fará nova votação em relação ao mesmo tema, que é a autorização do impeachment, agora com as ilegalidades e os vícios sanados. Foi isso o que aconteceu e foi correto o que ele fez”, defendeu Feghali.

O DEM e o PSD ingressaram com uma representação contra Maranhão no Conselho de Ética, pedindo a cassação de seu mandato por abuso de autoridade. “Entendemos que o presidente interino não tem condições de continuar, seja como presidente – conduzindo os caminhos da Casa – seja como deputado”, afirmou o líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM).

Foto: Portal da Câmara 

 

 

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