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sexta-feira, 19 abril, 2024

Estado pede a reabertura dos contratos do Café Conilon na Bolsa

O Espírito Santo conta com o apoio dos executivos da Bolsa B3, em São Paulo, a fim de solicitar estudos para uma possível abertura dos contratos

O Governo do Estado tenta reabrir os contratos de café Conilon no Mercado Futuro. O secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto, encaminhou, na última quarta-feira (28), um ofício ao Conselho Nacional do Café (CNC) pedindo apoio para a consolidação deste projeto.

O Espírito Santo conta com o apoio dos executivos da Bolsa B3, em São Paulo, a fim de solicitar estudos para uma possível abertura dos contratos para alavancar a produção deste tipo de café no Estado.

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“A solicitação está baseada na convicção de que o Estado possui expertise nas áreas produtivas e de qualidade na produção de café Conilon, mas ainda falta expertise de mercado”, justifica o secretário no ofício.

O gerente de agroecologia e produção vegetal da Seag, Marcus Magalhães, disse que “a reabertura dos contratos futuros do Café Conilon na Bolsa em São Paulo dará condição ao produtor de vislumbrar as tendências dos preços e, principalmente, ter a isonomia de tratamento e possibilidades mercadológicas já existentes na soja, no milho, no boi gordo e no café arábica. Não podemos deixar o nosso café Conilon fora dos mercados futuros. O que queremos é dar aos produtores de café Conilon é a chance de acessar um mecanismo de proteção de preço utilizado globalmente”.

Magalhães acrescentou que após feita a solicitação à B3, a Seag buscou o apoio dos setores do mercado do café, tanto produtores quanto compradores, e, agora, será elaborado um plano de negócio junto à Bolsa B3 para mapear o potencial do negócio e estudar a viabilidade da reabertura dos contratos futuros.

As atividades agrícolas de uma forma geral apresentam características econômicas diferenciadas dos setores industrial e comercial — o alto risco econômico envolvido por conta da imprevisibilidade climática em regiões produtoras pode impactar as produções futuras e, por conseguinte, gerar volatilidade nos preços levando a comprometer a saúde financeira do produtor.

“O contrato futuro tem como objetivo ser uma ferramenta de gestão do risco de oscilação de preço. Abrir esse mercado dará ao produtor a possibilidade de enxergar o futuro do mercado, permitindo que ele se programe estrategicamente, realizando investimentos com mais segurança e tranquilidade”, acrescentou Marcus Magalhães.

O presidente da OCB-ES, Esthério Colnago, avaliou que a reabertura aos contratos futuros dará transparência ao mercado do Conilon. “Hoje o mercado se baseia na Bolsa de Londres e, com essa reabertura, passará ser na Bolsa de São Paulo. A principal vantagem é a transparência, pois todos saberão o preço e a disponibilidade do café no mercado. O Conilon tem produtividade e qualidade, mas falta ainda informação. Com o conhecimento ficará mais fácil a tomada de decisões”, avaliou.

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