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quinta-feira, 28 março, 2024

#MêsDaMulher: promoção de gestora ocorreu após licença-maternidade

Em um país em que mais das metade das mulheres conciliam maternidade e carreira com dificuldade, há bons exemplos. Conheça este caso

Um dos principais desafios das mulheres é conciliar carreira e maternidade. Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, há imediata queda no número de mulheres empregadas ao fim da licença-maternidade. Segundo mesmo levantamento, depois de 24 meses, metade delas saem do mercado, a maior parte por deligamentos sem justa causa e por iniciativa do empregador.

Porém, na contramão do mercado, também há empresas que estão direcionamento seu vetor para o lado contrário. Foi o caso da Youse, plataforma de venda de seguros on-line da Caixa Seguradora. A empresa promoveu uma de suas empregadas durante o período de licença-maternidade.

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Fazia menos de um mês que Érika Mello havia se tornado mãe, quando recebeu uma ligação da insurtech perguntando se ela teria interesse em ocupar a vaga de gerente de marketing quando retornasse ao trabalho. Em junho, ela assumiu o novo cargo, passando a liderar as frentes de comunicação e branding.

“A Érika já estava pronta para assumir uma posição de liderança, tinha todas as qualificações para o cargo. Quando a vaga foi aberta, fazia todo sentido consultá-la primeiro em vez de procurar alguém no mercado”, afirma Wilson Lima, diretor de recursos humanos da Youse.

#MêsDaMulher: promoção de gestora ocorreu após licença-maternidade
“O retorno ao trabalho me fez encarar o desafio de dividir a maternidade com a realidade de um novo papel profissional. O apoio e suporte da família, equipe e de toda a empresa foi, sem dúvida, essencial para a evolução deste período” – Érika Mello

“Foi um misto de surpresa e felicidade quando me ligaram e fizeram o convite para assumir um novo cargo. O retorno ao trabalho me fez encarar o desafio de dividir a maternidade com a realidade de um novo papel profissional. O apoio e suporte da família, equipe e de toda a empresa foi, sem dúvida, essencial para a evolução deste período”, comenta Érika.

Como forma de reconhecimento da importância de ter empregadas seguras em suas decisões de maternidade, a empresa integra o programa federal Empresa Cidadã e concede seis meses de licença-maternidade para todas as suas colaboradoras. Além disso, a insurtech amplia o benefício de vaga de estacionamento, que é restrito aos cargos de gerência e diretoria, para todas as funcionárias grávidas, independentemente do cargo que ocupam e do mês de gestação.

Pode parecer um detalhe, mas Sheryl Sandberg, COO do Facebook no mundo, abre o seu livro “Faça Acontecer – Mulheres, Trabalho e a Vontade de Liderar” contando sobre sua experiência pessoal por ter sofrido com a dificuldade para estacionar quando estava grávida. Na época, ela trabalhava na sede do Google, no Vale do Silício, e não havia vagas reservadas para gestantes. Depois de enfrentar a dificuldade na pele, ela levou a questão aos fundadores do buscador on-line, que prontamente concordaram com a criação de vagas especiais. “Até hoje, fico meio encabulada por só ter percebido que as grávidas precisam de um estacionamento próprio depois de sentir em minha própria carne, ou melhor, em meus pés doloridos”, escreve na introdução de seu livro.

Além da vaga, a empresa para as colaboradoras, a partir da 34ª semana de gestação, a possibilidade de utilizar o Uber corporativo para realizar o trajeto casa-trabalho, além de todos os benefícios legais.

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