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quinta-feira, 18 abril, 2024

Programa Novos Caminhos: mobilidade com sustentabilidade

Melhorar a mobilidade nas vias rurais e auxiliar no escoamento da produção agrícola dos municípios

Esse é o objetivo das parcerias que vêm sendo firmadas entre as prefeituras e a ArcelorMittal, por meio do programa Novos Caminhos, para fornecimento de Revsol, utilizado como revestimento primário de vias urbanas e rurais.

Nesses acordos, já fechados com 29 prefeituras, o Executivo municipal entra com o maquinário e mão de obra para a construção das vias, enquanto a produtora de aço fornece o material, o treinamento ao funcionário e a supervisão, sem custos para a administração.

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Programa Novos Caminhos: mobilidade com sustentabilidadeO vice-presidente de Operações da ArcelorMittal, Jorge Luiz Ribeiro de Oliveira (foto), destaca que um coproduto do aço pode ajudar no desenvolvimento de uma cidade por proporcionar às pessoas o direito de ir e vir. “A mobilidade proporcionada por esse coproduto tem impulsionado os negócios nessas regiões.” Jorge enfatiza que o atendimento à demanda das comunidades por estradas e ruas de qualidade se reflete no estímulo ao turismo e assegura acesso a serviços públicos e o escoamento de produção. Outra importante garantia, segundo o vice-presidente, é o transporte dos trabalhadores e ainda das crianças para as escolas.

Além das vantagens financeiras e técnicas diante dos agregados naturais, como desgaste reduzido, capacidade de concrecionamento na presença de água e melhor rendimento/durabilidade por quilômetro aplicado, o co-produto resultante da fabricação do aço é ambientalmente “bem-sucedido”, observa o engenheiro ambiental da ArcelorMittal Eduardo Kazuaki Shiramata. “Possibilita substituir recursos naturais e minimizar o carreamento de sólidos para o curso dos rios, evitando tanto o assoreamento dos corpos hídricos quanto a geração de poeira nas vias”, comenta Shiramata.

Sustentabilidade

Programa Novos Caminhos: mobilidade com sustentabilidadeAlém das vantagens financeiras e técnicas diante dos agregados naturais, como desgaste reduzido, capacidade de concrecionamento na presença de água e melhor rendimento/durabilidade por quilômetro aplicado, o material resultante da “sobra” da fabricação do aço é ambientalmente “bem-sucedido”, observa o engenheiro ambiental da ArcelorMittal Eduardo Kazuaki Shiramata (foto). “Possibilita substituir recursos naturais e minimizar o carreamento de sólidos para o curso dos rios, evitando tanto o assoreamento dos corpos hídricos quanto a geração de poeira nas vias”, comenta Shiramata.

O especialista em Meio Ambiente afirma que o Programa Novos Caminhos é um exemplo completo da visão de desenvolvimento, embasada nas seis dimensões da sustentabilidade: econômica, ambiental, social, política, cultural e espiritual.

“Ele atende à dimensão econômica ao disponibilizar um recurso valioso para que as prefeituras possam investir na mobilidade, impulsionando os negócios das comunidades e, ao mesmo tempo, viabilizando a expansão de nossa produção, dando destino correto a um dos co-produtos do processo”, diz Shiramata.

Desde o início do programa, em 2006, foi fornecido mais de 1,6 milhão de toneladas desses revestimentos, aplicado em mais de 620 quilômetros de estradas. Em 2016, foram comercializadas cerca de 380 mil toneladas.

Segundo Jorge Oliveira, o programa tomou uma dimensão tão grande, “que ele caminha sozinho”: as próprias comunidades já entram em contato com as prefeituras, solicitando a aplicação do Revsol. “Para nós, é muito gratificante. Desde que o programa foi iniciado, 29 municípios já foram beneficiados e, constantemente, temos recebido novos municípios interessados.” Santa Teresa, Alegre, Pancas, Vila Pavão, Rio Novo do Sul e Água Doce do Norte já acenaram com o interesse em aderir ao programa. Além dos resultados diretos, a iniciativa tem incentivado o meio acadêmico a pesquisar o material.

Benefícios

Programa Novos Caminhos: mobilidade com sustentabilidadeO diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-ES), Enio Bergoli, afirmou que a meta do Governo do Estado é ampliar o programa. “Além de obras ao longo de todo o Espírito Santo, o Governo do Estado, por meio do DER-ES, desenvolve parcerias. No caso do uso do material Revsol, é um trabalho conjunto que envolve também prefeituras e a ArcelorMittal.
Com essa parceria, garantimos a trafegabilidade em vias estaduais e municipais, melhorando o dia a dia das pessoas, incluindo as comunidades rurais. Estamos trabalhando para reforçar ainda mais o programa.”

Cariacica foi o primeiro município a aderir à iniciativa. “É importante quando o poder público, o setor privado e a sociedade trabalham em consonância e, nessa parceria, é isso que acontece. A cessão do Revsol pela ArcelorMittal permite que levemos melhorias às vias que impactam muitas pessoas, beneficiando a vida delas”, comenta o prefeito Geraldo Luzia de Oliveira Junior, o Juninho.

Santa Maria de Jetibá, segundo maior produtor nacional de ovos e com grande  destaque na produção orgânica, há anos era muito prejudicado nos períodos chuvosos, quando a condição das estradas dificultava e às vezes até impedia o escoamento da produção. “Minha família vive aqui desde 1886. Agora, felizmente, temos estrada para ir e vir, o que significa muito para todo cidadão, mas é ainda muito mais importante para quem depende de negócios em outros municípios”, declara Henrique Zumach, neto de um dos pioneiros no processo de colonização da cidade.

Viana também está entre os municípios listados no programa. O prefeito Gilson Daniel destaca que, dos 311 km² de área da cidade, 70% do território pertencem à área rural. “Dessa forma, nossa atenção para a recuperação e melhorias de estradas é constante. E essa melhoria é garantida por meio do Revsol, repassado pela ArcelorMittal para o município.”

Segundo ele, trata-se de um material que, aliado ao trabalho da equipe de Serviços Urbanos e Rural, possibilita garantir que os produtores tenham qualidade nas condições das vias na hora do escoamento de suas cargas. “Manter as estradas em condições favoráveis agrega ao trabalho desses produtores, que movimentam, de forma significativa, a economia local por meio das lavouras de banana e cana-de-açúcar, por exemplo. Além disso, manter a via em boas condições favorece os alunos do campo que utilizam o transporte escolar”, aponta.

Programa Novos Caminhos: mobilidade com sustentabilidadeA Associação do Córrego da Prata, em Anchieta, agrupa 17 mulheres produtoras de pães, bolos, biscoitos, doces e licores caseiros. “A precariedade anterior da estrada limitava nossa mobilidade. Agora temos condições de manter o crescimento, com um negócio rentável e humano. Assim, quando aumentamos o que ganhamos com nosso trabalho, podemos realizar novas compras em outros comerciantes. Um ciclo que  beneficia não apenas nossas famílias, mas também a economia local”, aponta a presidente da Associação, Rosângela Bisi Zuqui (foto).

Há aproximadamente três meses, o município de Laranja da Terra passou a ser atendido pelo Novos Caminhos. Nesse período experimental, um quilômetro de estrada foi pavimentado; há a intenção de redirecionar mais 16 quilômetros, para pavimentação do bairro Niterói. “A cidade de Laranja da Terra ganhou muito com o programa, porque a pavimentação trouxe condições melhores aos moradores, favorecendo a acessibilidade e a locomoção de veículos e o escoamento da produção”, afirmou o prefeito Josafá Storch.

“Ele também abrange a dimensão social ao atender à demanda das comunidades por estradas e ruas de qualidade, garantindo o acesso a serviços públicos, o escoamento de produção e o transporte dos trabalhadores, assim como das crianças para as escolas. É um fator de promoção das relações políticas, transparentes e focadas no atendimento à cidadania. Valoriza a cultura, ao permitir que comunidades tradicionais permaneçam em seus locais de origem e, ainda, fortaleçam seus vínculos com a história”, afirma o engenheiro Eduardo Kazuaki Shiramata.

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