O ex-ministro foi condenado por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa
A juíza substituta da 13ª Vara Federal Gabriela Hardt, que substitui Sérgio Moro, titular, que está fora do país, determinou que o ex-ministro José Dirceu deve se apresentar voluntariamente à Polícia Federal (PF) até às 17 horas desta sexta-feira (18).
Dirceu foi condenado a 30 anos e nove meses de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa, no âmbito da Operação Lava Jato. Vale lembrar que o ex-ministro está morando em Brasília desde maio de 2017.
De acordo com a Agência Brasil, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) analisou e rejeitou o último recurso de Dirceu contra a condenação na segunda instância da Justiça. Desta forma, a prisão do ex-ministro foi decidida, mas ainda cabe recurso.
Além de negar o recurso, a Quarta Seção do TRF4 determinou a imediata comunicação à 13ª Vara Federal para que fosse determinada a prisão, com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) que autoriza a execução da pena após o fim dos recursos na segunda instância.
Condenação
A condenação de Dirceu se deve ao fato da participação em um esquema montado pela Engevix, uma das empreiteiras que formaram cartel para fraudar licitações da Petrobras a partir de 2005.
O ex-ministro já havia sido condenado pelo juiz Moro a 20 anos e 10 meses em 2016, mas o TRF4 aumentou a pena para 30 anos e nove meses por causa do processo do Mensalão, inserido na Ação Penal 470.
Também foram decretadas as prisões do ex-vice-presidente da Engevix, Gerson Almada, e do lobista Fernando Moura, antigo aliado de Dirceu.