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sexta-feira, 19 abril, 2024

O peso da taxa de gestão e carregamento na previdência privada

Sem saber como será o desfecho da Reforma da Previdência, muitos brasileiros têm corrido para planos de previdência privada a fim de garantir uma aposentadoria segura

As incertezas de rondam a reforma da Previdência têm provocado um significativo aumento na procura  por planos privados de aposentadoria. Mas analistas alertam que as taxas de gestão e administração podem reduzir o rendimento ao longo dos anos.

“Na hora de fechar um plano de previdência privada, muitos investidores não são informados sobre todos os custos. Sempre é importante solicitar todas as informações no contrato, incluindo as taxas”, destaca o consultor Vitor Valadão.

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Sabe por quê?

Você decide não mais contar com a aposentadoria do INSS e se programa para fazer uma previdência privada, com aplicação mensal de R$ 1.000. Mas, ao fechar o plano, a taxa de gestão cobrada pelo banco pode chegar até 3% ao ano. E o que parece pouco, pode significar muito dinheiro a menos na sua conta ao longo prazo.

Nesse caso,  em um prazo de 20 anos, a diferença pode chegar a, aproximadamente, R$ 230 mil. “Uma diferença de apenas 0,1916% mensal pode parecer insignificante, mas não é”, explica o consultor Paulo Latado, um dos sócios da Casa da Previdência.

Além da taxa de gestão, cobrada mensalmente sobre o total do fundo, pesa ainda no plano de previdência a taxa de carregamento – percentual em cima do valor da contribuição mensal.

Para garantir sua aposentadoria e do seu filho de 14 anos, o servidor público estadual Marco Antônio Severini, 46 anos, optou por fazer dois planos de previdência com uma corretora. “Já tive um plano em um banco, mas não tinha muita orientação. Resgatei e fiquei apenas com a aplicação em renda fixa. Há cerca de quatro anos resolvi fazer novamente, e procurei pela corretora, pois tenho mais assistência. Além disso, o rendimento é melhor”, contou.

A atenção deve ser priorizada em dois pontos: negociação e pesquisa. As melhores maneiras de se pagar menos taxas e obter melhores rendimentos nos planos de previdência privada. “Há bancos que chegam a cobrar até 5% de taxa de carregamento, por isso tem que pesquisar”, ressalta Valadão.

Para evitar problemas, é sempre bom o cliente procurar uma assessoria especializada para planejar seu futuro, enfatiza Paulo Latado.

Na hora de contratar um plano de previdência privada

Compare as taxas cobradas: bancos e seguradoras cobram uma taxa de administração mensal e alguns também cobram taxa de carregamento. É essencial comparar essas taxas, pois interferem na rentabilidade do plano.

Saiba escolher o plano (PGBL ou VGBL): escolher o produto errado pode significar perder dinheiro no futuro. Verifique o modelo da sua declaração de Imposto de Renda. PGBL é indicado para quem utiliza o completo e permite diminuir até 12% da renda bruta tributável. O VGBL é ideal para quem é isento ou declara pelo modelo simplificado.

Tributação regressiva ou progressiva: fique atento à forma de tributação do seu plano, pois o IR incide apenas no momento do resgate único ou do recebimento da renda. A tributação regressiva é válida para quem permanecerá no plano por mais de 10 anos, pois a alíquota inicial é de 35% e pode chegar a até 10%. Já a progressiva é indicada para quem vai retirar em menor prazo, e a tributação acontece em duas etapas.

Conservador ou agressivo: há planos de previdência privada para diferentes perfis de investidores. Atrelados a fundos mais ou menos arriscados, com maior ou menor variação de rentabilidade. Verifique qual se encaixa mais no seu perfil.

 

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