Detalhes da “Operação Hashtag”, foram divulgados nesta quinta-feira pela ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. Cerca de 130 policiais participaram da ação
A Polícia Federal prendeu, nesta quinta-feira (21), dez pessoas suspeitas de planejarem atos terroristas no Brasil durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. As prisões ocorreram em dez estados e todos os detidos são brasileiros. De acordo com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes (foto), o grupo se comunicava por aplicativos de trocas de mensagens.
“Eles passaram de simples comentários sobre Estado Islâmico e terrorismo para atos preparatórios”, disse o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em entrevista à imprensa, sobre a operação policial que investiga possível participação de brasileiros em organização criminosa de alcance internacional, como uma célula do Estado Islâmico no país.
Foram dez prisões temporárias, duas conduções coercitivas e 19 buscas e apreensões durante a “Operação Hashtag”. Em nota, a PF informou que cerca de 130 policiais participaram da ação. Os mandados de prisão foram executados nos estados do Amazonas, Ceará, da Paraíba, de Goiás, Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.
“As investigações tiveram início em abril com o acompanhamento de redes sociais pela Divisão Antiterrorismo da Polícia Federal – DAT. Os envolvidos participavam de um grupo virtual denominado Defensores da Sharia e planejavam adquirir armamentos para cometer crimes no Brasil e até mesmo no exterior”, diz a nota.
Os suspeitos vão responder pelos crimes de promoção de organização terrorista e realização de atos preparatórios de terrorismo. A pena para o primeiro crime é de cinco a oito anos de prisão, além do pagamento de multa. Para quem executa atos preparatórios, a pena varia de três a 15 anos de prisão.
“Para assegurar o êxito da operação e eventual realização de novas fases, os nomes dos presos, atualmente sob custódia da Polícia Federal, não serão divulgados neste momento. O processo tramita em segredo de Justiça”, diz a nota.