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quinta-feira, 28 março, 2024

Pesquisa Top Marcas

Pesquisa revela hábitos de consumo dos capixabas das classes A e B e opinião desse público sobre realidade atual do Espírito Santo As classes socioeconômicas A e B são definidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como aquelas com renda familiar mensal superior a R$ 5 mil. De acordo com o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), os dados levantados pelo IBGE mostram que pouco mais de 20% das famílias residentes na Região Metropolitana da Grande Vitória integram esses segmentos. Com foco nesse público, há quatro anos a revista ES Brasil realiza a Pesquisa Top Marcas.

Ao cumprir seu objetivo de mapear os hábitos de consumo dessas classes, a Top Marcas tem se mostrado uma das pesquisas mais importantes e confiáveis quando se trata de saber quais as marcas preferidas das classes A e B, trazendo ao mercado local subsídios para o direcionamento estratégico de seus negócios e ações de marketing.

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O perfil histórico do comportamento de consumo do segmento consultado e as comparações que podem ser feitas com base nele serão, inclusive, uma das boas novidades da edição 2012 da pesquisa. “Nesta edição, que consolida os resultados de quatro anos de pesquisas, a Top Marcas trará gráficos com a série histórica de algumas categorias, o que permitirá visualizar e evolução ou involução de determinados segmentos empresariais e a dinâmica das interações econômicas do mercado local”, explica a coordenadora de conteúdos da revista ES Brasil, Marcia Rodrigues, sobre as mudanças implementadas nesta edição.

A Top Marcas é realizada pela empresa Merccato Inteligência Corporativa e apresenta um índice de confiabilidade de 95%, com apenas 3,9 pontos de margem de erro. Durante o período de apuração da pesquisa, entre os dias 22 e 28 de fevereiro deste ano, foram ouvidas na Grande Vitória 400 pessoas com idade acima de 16 anos e renda familiar superior a R$ 5 mil.

Anselmo Hudson Siqueira, diretor da Merccato, destaca outra importante novidade da pesquisa este ano: o aprofundamento do perfil socioeconômico dos entrevistados. “Nesta edição da Top Marcas, aprofundamos o perfil socioeconômico dos entrevistados, e por isso temos mais informações sobre o público-alvo. A metodologia também equilibrou mais a amostra, dando um peso maior às entrevistas realizadas em Serra e em Vila Velha”, conta ele.

As perspectivas de investimento em bens de consumo duráveis dos capixabas com maior poder aquisitivo foram alvo das entrevistas da Top Marcas de 2012. “Questionamos os nossos entrevistados sobre a pretensão de compra de carros, de imóveis comerciais e residenciais, de viagens nacionais e internacionais a lazer, e sobre a perspectiva de investimento no mercado financeiro em 2012. Com base nos dados revelados, podemos fazer projeções muito otimistas de consumo para 2012”, esclarece Anselmo. “Além disso, também perguntamos a opinião das classes A e B sobre as atuais questões da nova partilha dos royalties e da tributação do ICMS, com o fim do Fundap”, acrescenta o diretor da Merccato.

Para a gestora da filial capixaba da Ampla Comunicação, Denise Botelho, levantamentos como o realizado pela Top Marcas contribuem para o trabalho dos profissionais que trabalham com publicidade. “O Marketing reconhece que a principal função da comunicação é contribuir para a construção de marcas. Esse reconhecimento dá a dimensão exata da importância, para as agências de comunicação, de estudos que medem as forças das marcas, como a pesquisa Top Marcas. As informações geradas pelo estudo são discutidas com os nossos clientes e auxiliam na elaboração do planejamento estratégico de comunicação que a Ampla submete anualmente à apreciação deles”, explica ela.

Classes A e B não acreditam nas perdas do ES
Entre as constatações da Pesquisa Top Marcas 2012, uma surpreende bastante: enquanto o Espírito Santo continua sob a mira do ataque federal, as classes A e B capixabas parecem não acreditar na realidade dessas ameaças. Para 45,44% das pessoas que estão no topo da pirâmide socioeconômica do Estado e que responderam à pesquisa em fevereiro, o Espírito Santo ganharia a luta pela manutenção dos royalties do petróleo, uma bolada à beira de ser dividida “irmãmente”, por força de alteração na lei, entre todas as unidades da Federação (hoje, a legislação destina aos estados produtores a maior parte desses recursos).

Já com relação aos recursos do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias, o Fundap – mecanismo responsável pelo aporte de receitas que representaram pelo menos 54% do montante arrecadado pelo Governo do Estado em 2010, 46,17% deles defenderam na ocasião que o Estado teria chances reais de manter sua existência, que foi praticamente extinta no dia 24 de abril, quando o Senado aprovou a proposta de Resolução 72/2011, que unifica em 4% a alíquota do Imposto sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrada sobre produtos importados em operações interestaduais, eliminando assim a razão de ser do Fundap. O assunto será decidido nos próximos dias, quando a proposta deverá ser analisada pela presidente Dilma Rousseff e, se sancionada, representará a pá de cal a extinguir o Fundap.

Para o economista Arlindo Vilaschi, os resultados da pesquisa Top Marcas sobre o tema podem ter sido influenciados pelas notícias sobre a atuação dos parlamentares capixabas nessas questões. “Acredito que essa impressão positiva de que esses assuntos se resolveriam sem grandes perdas para o Espírito Santo pode ter resultado da influência das notícias publicadas nos veículos capixabas, que mostraram o governador e os parlamentares do Espírito Santo lutando pelos direitos do Estado. As pessoas acabaram ficando empolgadas e acreditando que o Estado terá chances reais de vencer essas batalhas, o que não é verdade, pois vivemos uma luta do nosso interesse contra o de todo o restante dos Estados da Federação”, analisa Arlindo.

O sociólogo Erly dos Anjos tem opinião diferente. “Existe uma lacuna entre a sociedade supostamente mais informada e as afinidades políticas. Essas classes sociais têm informação, mas essa informação não mobiliza”, defende o sociólogo.

De acordo com Vilaschi, as opiniões das classes de maior poder aquisitivo não afetarão a economia capixaba. “Essas pessoas, independentemente de a qual segmento socioeconômico pertençam, torcem para que o Espírito Santo não saia perdendo em relação aos royalties e ao Fundap. Mesmo que as perdas se concretizem, as classes A e B não vão deixar de fazer investimentos. Trata-se de uma posição mais social e política do que, de fato, econômica”, afirma o economista.

Na edição de maio, você confere na revista ES Brasil a pesquisa Top Marcas completa, com todos os dados. Confira quais são as empresas mais lembradas pelo público em diversos segmentos, saiba quem perdeu posições, quem alcançou mais alguns degraus na preferência do capixaba e em quais marcas está a confiança desses consumidores.

 

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