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sábado, 20 abril, 2024

Os desafios do comércio

O comércio é uma das atividades mais antigas da história da humanidade.


Precisar quando a troca de produtos por produtos foi substituída pela troca de produtos por moeda é praticamente impossível, mas é fato que vendemos coisas há muitos séculos.

No Brasil, ser comerciante não é tarefa fácil. Manter uma loja funcionando por aqui, seja ela um pequeno ponto no bairro ou uma rede com várias unidades e funcionários, significa encarar uma série de desafios, sejam eles com a burocracia ou com a alta carga tributária que empreendedores de qualquer setor enfrentam.

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Isso sem contar com as crises econômicas. E elas foram muitas ao longo dos anos. Do “Milagre Econômico”, entre 1968 a 79, ao aumento da dívida externa e a disparada da inflação, nos anos 1980, passando pelo Plano Collor, na década seguinte. O cenário só se acalmou em 1994, com a implantação do Plano Real, mas a desvalorização da moeda nos anos seguintes trouxe novos problemas. Um novo ciclo de crescimento teve início em 2004 e foi novamente interrompido pela crise da qual o País começa a sair agora.

O comércio sofre diretamente as consequências de todos esses períodos, pois quando o dinheiro deixa de circular, o desemprego aumenta, a população deixa de comprar e lojistas muitas vezes não conseguem se manter funcionando. Quebrar este círculo vicioso é tarefa das mais difíceis e envolve uma série de fatores que estão acima da nossa vontade.
Mas, se as crises são momentos difíceis de atravessar, também são uma janela aberta para as boas ideias serem colocadas em prática, principalmente quando a velocidade das transformações é cada vez maior.

Atualmente, a forma de vender está mudando. As lojas virtuais crescem a cada ano e as redes sociais são ferramentas indispensáveis para apoiar as vendas, afinal, quem nunca foi ao Instagram ou Facebook procurar dicas sobre um produto antes de ir a uma loja física comprá-lo?

A longevidade de um negócio é o sonho de todo empresário, especialmente no Brasil, em que mais da metade das empresas fecham nos primeiros cinco anos. Um dos segredos para superar as décadas de história é se manter atento à movimentação do mercado e atualizado sobre todas as novidades no que diz respeito a produtos, formas de vender e público, entre outras. Mas nada disso resolve se o comerciante não tiver a mente aberta para testar novas formas de trabalhar sempre que for necessário para se manter competitivo.

No fim, o que fica é a satisfação de vender um produto de qualidade e fazer a diferença na vida de seu cliente. E um cliente satisfeito, e fiel, é o grande objetivo de todo comerciante.


Monica Paiva é empresária, proprietária das Óticas Cachoeiro, no mercado há 64 anos

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