Os ataques e os vírus estão cada vez mais complexos, assim como os sistemas
Apesar da presença de antivírus avançados no mercado, temos acompanhado que os cibercriminosos continuam a lançar ataques cada vez mais bem-sucedidos contra empresas e usuários. Então fica a pergunta: por que o software de antivírus deixou de ser eficaz na detecção e no bloqueio da maioria dos malwares em computadores e smartphones?
A realidade é que os ataques e os vírus estão cada vez mais complexos, assim como os sistemas os quais eles se propõem a proteger. Além disso, surgem a cada mês 100 mil novos vírus, o que exige uma complexidade maior para a operação do antivírus do que aquela apresentada para seu funcionamento tradicional. Na abordagem convencional os antivírus devem conhecer e comparar uma base de dados de vírus conhecidos para saber se um aplicativo é ou não malicioso. Imagine então o problema de se manter atualizada uma lista que cresce mensalmente a essas taxas.
Outro grande entrave atual é que temos muitos pontos de troca de informação e acesso às redes de computadores, o que aumenta a variedade de dispositivos que os antivírus precisam proteger, como smartphones, tablets e computadores. Isso sem contar os novos integrantes dessa relação, como televisores, relógios inteligentes e até automóveis.
Então é o fim dos antivírus? Certamente que não, eles ainda têm sua relevância na proteção contra códigos maliciosos, mas não podem considerados a única barreira que impede ataques.
E agora, o que fazer? O importante neste caso é adotar vários mecanismos e procedimentos para melhorar a segurança da nossa navegação na internet.
A primeira, e talvez mais importante ação, seja a educação dos usuários quanto ao uso dos recursos de tecnologia da informação para que estes saibam identificar as armadilhas ou mesmo adotar práticas de baixo risco no mundo digital.
O uso de outras ferramentas de proteção como anti-spyware, anti-spam e firewalls também ajudam a reduzir a chance de invasão por vírus.
E para aqueles momentos em que todas as outras ferramentas de proteção falham, o recurso capaz de evitar muita dor de cabeça, às vezes esquecido por muitos usuários, é o backup. Com a queda dos preços dos discos rígidos externos, essa é uma ação simples e barata que pode tirar você de uma séria enrascada.
Lembre-se, não existe 100% de segurança, mas com o uso de ferramentas adequadas e bom senso é possível reduzir a chance de ter seus dados perdidos ou violados. Só não dá para confiar em uma só proteção.
Gilberto Sudré é especialista em Segurança da Informação e perito em Computação Forense