Tempo de construção deve ser apenas de quatro meses

Apenas um mês após o lançamento da pedra fundamental para a construção da nova Unidade Municipal de Ensino Fundamental (Umef) de Barramares, realizada no dia 16 de março, as paredes da nova escola começam a serem erguidas e a previsão é de que a unidade já receba novos alunos no segundo semestre deste ano.

Isso só será possível pois para a realização da obra, a Prefeitura de Vila Velha, por meio das secretarias municipais de Educação (Semed) e de Obras (Semob), faz uso de um método construtivo diferenciado. A nova unidade será edificada com concreto PVC, método construtivo seguro, 50% mais econômico e muito mais rápido. As equipes trabalham também durante à noite para agilizar o processo.

Conheça os detalhes na entrevista com o secretário de Educação, Roberto Beling.

Qual foi o objetivo de buscar novas tecnologias para construção da escola?

Basicamente, procuramos alinhar um ganho de tempo e de custo de obra devido à necessidade mais urgente de vagas em algumas regiões. Nessa nova metodologia, o material usado é PVC com concreto injetável. A grosso modo, há a implantação das placas pré-moldadas, onde um espaço de 10 centímetros no interior é deixado, e nele é injetado o concreto. Como isso, o uso de matéria-prima é otimizado, o desperdício é diminuído, além de tornar a obra muito mais célere. O resultado final é um edifício com durabilidade excelente, que não necessita de grandes manutenções por cerca de 20 anos.

E como está sendo essa primeira experiência?

O planejamento dessa unidade é de conclusão em quatro meses. Se fosse adotado um modelo de obra tradicional em alvenaria para um prédio desse porte, seria necessário um tempo mínimo de um ano a um ano e meio. Então, estamos com uma expectativa muito boa. Com essa escolha, o custo fica cerca de 50% menor em relação a uma obra tradicional, fora que o tempo de implantação é reduzido na ordem de 60% a 70%.

É um modelo que veio para ficar nas obras de novas escolas?

Em algumas áreas, a tendência é que a gente faça opção por esse modelo, principalmente em áreas mais prementes em termos de demandas de vagas. Ainda na Grande Terra Vermelha devemos construir duas ou três Umeis [Unidade Municipal de Educação Infantil] utilizando o mesmo modelo dada urgência da criação de novas vagas para receber os alunos. Ainda não está definido, mas é uma possibilidade usarmos essa mesma tecnologia nas novas unidades de Jabaeté e Ulisses Guimarães.

Como está sendo a aceitação da comunidade?

Ela não foi pega de surpresa. Antes de iniciar as obras, fizemos uma audiência pública e mostramos um vídeo de como seria escola construída nesse novo modelo, toda a tecnologia envolvida, o tipo de material utilizado, os testes de resistências que foram feitos, entre outros pontos. A aceitação foi muito boa. Logo de início, pode haver um período de adaptação na questão estética, mas a comunidade está consciente da qualidade e durabilidade de obra.