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sábado, 20 abril, 2024

“O Espírito Santo está sendo visto como um espaço muito atraente para localização de novos negócios”

“O Espírito Santo está sendo visto como um espaço muito atraente para localização de novos negócios”

Guilherme Henrique Pereira é o novo diretor-presidente do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes). Com experiência na gestão pública, já passou por cargos de confiança na administração local e nacional, em instituições como a Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Fapes), a Secretaria de Estado de Economia e Planejamento e a Secretaria Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação do Ministério de Ciência e Tecnologia.

Diretor de Crédito e Fomento desde janeiro deste ano, o economista preenche as duas funções e assume o desafio de fornecer soluções financeiras e estratégicas para o desenvolvimento sustentável do Estado.

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1- O senhor já é diretor do Bandes e agora tem a missão de presidir a instituição. Quais são os seus projetos para o restante deste ano?

O Governo Estadual lançou o Programa de Desenvolvimento Sustentável do Espírito Santo (Proedes), que coloca o Bandes como uma das instituições responsáveis para articular junto às entidades representativas do Espírito Santo alcance maior da competitividade. Assim, a tradução dessa contribuição do Bandes pode ser sintetizada em três grandes metas: injetar R$ 2,3 bilhões de recursos financeiros na economia do Estado até 2016, dobrar a Carteira de Crédito do Bandes até 2016 e implantar novos programas e metodologias de trabalho. Esta iniciativa faz parte de outras ações que o banco está fazendo para o incentivo das cadeias produtivas; os próximos que serão lançados envolvem a pecuária leiteira e a produção de café especiais.

2 – Além de disponibilizar recursos sob a forma de financiamentos, qual é o papel do Bandes para cumprir o papel de articulador do Governo junto à iniciativa privada e às entidades não-governamentais?

O Bandes é um importante agente de prospecção de novas oportunidades econômicas para o Estado, seja por meio da concessão de crédito, seja pelo seu papel de agente articulador de interesses governamentais, empresariais, setoriais e regionais. Diferente das instituições financeiras comuns, os bancos de desenvolvimento como o Bandes focam sua atuação na promoção do desenvolvimento, oferecendo crédito para quem quer investir com condições atrativas e sem a necessidade de abrir conta, ter movimentação ou usar outros produtos. Além disso, não é um crédito qualquer, visto que ele visa promover o desenvolvimento, focando em nossas potencialidades e articulando as atividades produtivas que fomentam a geração de emprego e renda nos municípios, com taxas de juros mínimas.

3- Como economista, como o senhor avalia os desafios para o Espírito Santo nos próximos anos?

De fato, além da crise mundial, a redução da arrecadação de tributos e ameaça aos royalties são desafios econômicos e sociais postos ao Espírito Santo no período recente. Diante destas ameaças, houve um esforço por parte do Governo do Espírito Santo para enfrentar esse cenário. O sinal positivo é o de que o Espírito Santo está sendo visto como um espaço muito atraente para localização de novos negócios, com uma carteira de investimentos previstos da ordem de R$ 100 bilhões.

4- Quais são os caminhos que o Estado deve trilhar para aumentar a sua capacidade no âmbito nacional e mundial?

O Proedes aponta as diretrizes gerais da trajetória que deveremos perseguir. A expansão da exploração de petróleo em nosso território abre um grande leque de oportunidades de investimentos e demandará muito desenvolvimento tecnológico e trabalho altamente qualificado. A logística é importante por razões óbvias. E, finalmente, os incentivos ao desenvolvimento que devem sintetizar uma política de efetiva articulação de todos os protagonistas do desenvolvimento capixaba.

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